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Cotidiano

Saiba como será feito o túnel que ligará cidades no litoral de São Paulo por baixo do mar

Módulos serão construídos fora da água antes da interligação da megaestrutura no fundo do leito oceânico

Matheus Herbert

16/11/2024 às 18:22  atualizado em 16/11/2024 às 18:29

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Túnel deve revolucionar a mobilidade urbana no estado de São Paulo

Túnel deve revolucionar a mobilidade urbana no estado de São Paulo | Divulgação/Governo de SP

Um projeto deve revolucionar a mobilidade urbana no estado de São Paulo, principalmente na região do litoral de São Paulo. Em outubro deste ano, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) sancionou o Projeto de Lei n° 655/2024 que autoriza a contratação de parceria público-privada para a construção, operação e manutenção do Túnel Imerso Santos-Guarujá. 

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O projeto de lei foi aprovado pelo Plenário da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) no dia 9 de outubro.

“Esta obra vai alavancar a economia da região e fará a diferença da vida da população, que vai chegar mais cedo em casa. Estamos atendendo a uma reivindicação antiga não só dos moradores da Baixada Santista, mas de todos que visitam nosso litoral”, disse Tarcísio de Freitas à época. 

O anúncio do túnel foi realizado em fevereiro deste ano durante o aniversário do Porto de Santos

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Estrutura do túnel no Litoral 

A estrutura será composta por seis módulos de concreto pré-moldados que serão construídos em uma doca seca.

Em seguida, os módulos serão “mergulhados” na água para o teste de vedação e impermeabilidade.

Depois de prontas, as partes serão transportadas por flutuação até o local onde o túnel será instalado no fundo do leito oceânico.

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O trecho vai ligar as regiões de Outeirinhos e Macuco, em Santos, ao bairro Vicente de Carvalho, em Guarujá.

O estudo de mobilidade do projeto concluiu que a localização mais adequada do túnel é no centro do canal, atendendo as necessidades logísticas da região.

As demandas atuais e futuras de viagens, conectando as áreas de maior geração de tráfego nas duas cidades da Baixada Santista, balizaram a formatação da proposta para a ligação seca.

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O empreendimento ainda permitirá a integração dos sistemas de transportes públicos na região.

Além da passagem de veículos, o túnel contará com uma área de circulação para ciclistas e pedestres instalada entre as seis vias de pista – três faixas por sentido, sendo uma delas adaptável ao VLT (Veículo Leve sobre Trilhos).

Etapas de construção do túnel 

Agora, uma das dúvidas mais frequentes na população é como será realizada uma obra desta magnitude. A reportagem da Gazeta traz abaixo as etapas de engenharia para a construção do túnel. As informações são do governo estadual e a projeção é que as obras comecem em 2025

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1. Preparação do solo

A primeira etapa é a preparação do fundo do canal onde o túnel será instalado. Uma trincheira é cavada no local para abrigar os módulos que formarão a estrutura. Também serão instaladas placas de concreto na vala para suportar os elementos de túnel.

2. Construção

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Os elementos de túnel são peças de concreto construídas em uma doca seca, de preferência próxima ao local onde ficará o túnel. Os elementos contam com piscinas provisórias no seu interior. Os reservatórios fazem com que a estrutura não afunde na água em um primeiro momento.

3. Transporte

Quando as peças ficam prontas, elas passam por testes de vedação e impermeabilidade. Na sequência, a doca seca é inundada. Por conta das piscinas provisórias, os elementos flutuam para, desta forma, serem transportados por rebocadores para o local onde o túnel vai ficar.

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4. Posicionamento

Os elementos são fixados em pontes flutuantes e posicionados por sistemas eletrônicos no ponto exato onde devem ser imersos.

5. Submersão

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A água presente nas piscinas provisórias do interior dos módulos é bombeada, fazendo submergir lentamente os elementos do túnel. Esse processo é monitorado por sensores.

6. Ligação dos elementos

Por meio de guinchos hidráulicos, os elementos são aproximados, até o contato entre eles.

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7. Acoplagem

A união final dos módulos de túnel contíguos é feita pela diferença de pressão atmosférica no interior do elemento já posicionado e a pressão que a água exerce no novo elemento.

8. Nivelamento

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Em uma das extremidades do elemento, são ancorados macacos hidráulicos, que movimentam pinos de aço para nivelar o módulo. Os pinos são soldados e os macacos hidráulicos, retirados. Em seguida, é injetada areia na base, formando uma “cama” para assentar o elemento de túnel.

9. Proteção

Por fim, uma camada de pedras é utilizada para recobrir e proteger o túnel contra impactos de embarcações e o enganchamento de âncoras soltas.

Sobre o túnel

Qualificado no Programa de Parcerias de Investimentos do Estado de São Paulo (PPI-SP) e integrado ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o projeto do túnel imerso prevê investimento total de R$ 5,96 bilhões.

Deste total, 86% deverão vir de aporte público dividido igualmente entre o Governo de São Paulo e a União, além de participação da iniciativa privada.

A futura parceira privada será responsável pela construção, operação e manutenção do túnel que vai solucionar um dos maiores gargalos logísticos do País.

A ligação entre as duas principais cidades da Baixada Santista vai permitir o tráfego de veículos de passeio, caminhões e transporte público, além de bicicletas e pedestres em vias segregadas.

A solução viária também amplia possibilidades de desenvolvimento e expansão do Porto de Santos.

Com projeto executivo elaborado pelo Governo de São Paulo, o empreendimento é uma demanda da população da Baixada Santista e vai reduzir o tempo de deslocamento entre os dois municípios.

Atualmente, mais de 21 mil veículos cruzam diariamente as duas margens utilizando barcos de pequeno porte (catraias) e as balsas, além de 7,7 mil ciclistas e 7,6 mil pedestres.

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