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Cotidiano

Linha 4-Amarela deve ser concluída este ano, mas extensão até Taboão da Serra ainda é dúvida

A entrega da estação Vila Sônia é a última para que a linha esteja finalmente completa e passe a ter 11 estações; com a proximidade da conclusão, uma promessa voltou à tona: a extensão da Linha 4 até Taboão da Serra, na Grande São Paulo

Matheus Herbert

19/04/2021 às 18:08  atualizado em 19/04/2021 às 19:00

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Segundo a Secretaria de Transportes Metropolitanos, as obras da estação estão em fase de acabamento

Segundo a Secretaria de Transportes Metropolitanos, as obras da estação estão em fase de acabamento | ETTORE CHIEREGUINI/GAZETA DE S.PAULO

Após 17 anos do início das obras, a Linha 4-Amarela do Metrô deve ser concluída até dezembro deste ano com a entrega da estação Vila Sônia, na zona oeste da Capital. A informação é do Governo do Estado. Esta é a última obra para que a fase dois da linha esteja finalmente completa e passe a ter 11 estações em todo o seu ramal, que liga o centro a zona sul da Capital. Com a proximidade da conclusão das obras, uma promessa voltou à tona: a extensão da linha 4 até o município de Taboão da Serra, na Grande São Paulo, o que atenderia cerca de 1 milhão de passageiros da região.

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Após o anúncio da conclusão da linha Amarela, o secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy, voltou a alimentar a esperança do Metrô em Taboão da Serra. Em uma rede social, o secretário respondeu ao ser questionado sobre a extensão que “nosso objetivo é entregar a Estação Vila Sônia este ano. Após concluirmos, o desafio de Taboão será prioridade”.

Macaque in the trees
Secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy, confirmou a entrega da estação Vila Sônia ainda neste ano, e voltou a alimentar a esperança do Metrô em Taboão da Serra

A extensão chegou a ser prometida pelo então governador Geraldo Alckmin, porém, o que seria a fase três, nunca saiu do papel. Seria a primeira vez que o Metrô chegaria à Grande São Paulo, hoje somente os trens da CPTM chegam à região metropolitana.

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Iniciado em 2004, o projeto da Linha 4 Amarela só teve as primeiras obras inauguradas em maio de 2010, com a entrega das estações: Paulista e Faria Lima. As obras da linha foram divididas em duas fases pelo governo. A primeira contempla as seis estações iniciais: Butantã, Pinheiros, Faria Lima, Paulista, República e Luz. Já a segunda fase é composta por outras cinco estações: Vila Sônia, São Paulo-Morumbi, Fradique Coutinho, Oscar Freire e Higienópolis-Mackenzie.

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Estações que formam a Linha 4-Amarela, que liga o centro a zona sul da Capital

HISTÓRICO DE ATRASOS.

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O histórico de atrasos nas obras é extenso. Causados pela paralização de obras e rescisão de contrato, a segunda fase, licitada em 2011, só começou a ser construída em 2012.

Três anos depois, em 2015, devido à rescisão do contrato com o consórcio responsável, as obras foram paralisadas. A construção só foi retomada em 2016, com previsão de entrega da estação Higienópolis-Mackenzie para 2017, o que também não aconteceu.

A estação Higienópolis-Mackenzie só foi entregue em janeiro de 2018. No mesmo ano, também foram inauguradas as estações Oscar Freire e São Paulo – Morumbi, nos meses de abril e outubro respectivamente. A concessionária responsável pela operação da Linha 4-Amarela é a ViaQuatro.

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Estação São Paulo-Morumbi tinha a previsão de entrega para 2012, mas só foi entregue em 27 de outubro de 2018

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ACIDENTE E MORTES.

A primeira fase de obras foi marcada por uma tragédia. Um deslizamento de terra no canteiro de obras da Estação Pinheiros, no dia 12 de janeiro de 2007, abriu um gigantesco buraco de 80 metros de diâmetro e 30 metros de profundidade. Em minutos, a cratera ‘engoliu’ tudo a sua volta, caminhões, máquinas, carros e quem passava pelo local. Sete pessoas morreram e 79 famílias tiveram que ser removidas de casas interditadas.

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Deslizamento de terra no canteiro de obras da Estação Pinheiros, no dia 12 de janeiro de 2007, abriu um gigantesco buraco de 80 metros de diâmetro e 30 metros de profundidade

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VILA SÔNIA. 

Após a entrega da estação São Paulo – Morumbi, a promessa era entregar a última estação do trecho, Vila Sônia, no fim de 2020. A promessa mais uma vez não foi cumprida, e passada para maior deste ano. Agora, a nova expectativa é entregar a conclusão do trecho até dezembro de 2021.

De acordo com o secretário dos Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy, a empresa responsável por implantar o sistema de sinalização no trecho em construção sofreu atrasos em seu cronograma de trabalho devido a pandemia do coronavírus. Por essa razão a fornecedora disse que a estação poderia ser entregue apenas em junho do ano que vem, mas com esforços conjuntos da concessionária e do governo do Estado de São Paulo, foi confirmado a entrega para dezembro deste ano.

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A entrega da estação Vila Sônia é a última para que a linha esteja finalmente completa e passe a ter 11 estações

SONHO DO METRÔ EM TABOÃO.

A promessa de uma linha de metrô que chegasse até Taboão da Serra é antiga. As primeiras notícias vieram à tona em 2010, quando era previsto que o ramal chegaria à cidade já em 2014, ainda na gestão de Geraldo Alckmin (PSDB). Quando candidato, o governador João Doria, em visita à região, também chegou a prometer a extensão.

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A chamada fase três contaria com 2,7 quilômetros a partir do futuro terminal Vila Sônia. A extensão até Taboão da Serra, com uma parada intermediária, a Chácara do Jóquei, foi prometida também em anúncio de Alckmin em maio de 2012, a um custo de 1,2 bilhão de reais.

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Hoje, entre Taboão da Serra (foto) e o centro de São Paulo, uma pessoa gasta 1h35, com a extensão da linha, esse tempo cairia para 24 minutos

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O novo trecho beneficiaria cerca de um milhão de pessoas, a maioria de baixa renda. Hoje, entre Taboão da Serra e o centro de São Paulo, uma pessoa gasta 1h35, com a extensão da linha, esse tempo cairia para 24 minutos.

De acordo com o site “ViaTrolebus”, desde dezembro de 2019 representantes do governo estadual falam em negociar a extensão com a ViaQuatro. Porém, não há detalhes dessa negociação, mas uma das hipóteses é que a obra seria tocada em troca de prolongamento no tempo de concessão da empresa do grupo CCR.

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