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Cotidiano
A votação do projeto, prevista para esta terça-feira (2), pode ser adiada diante das chances de o texto ser rejeitado pelo plenário
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Líderes religiosos se reuniram na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (2) para afirmar que são a favor da aprovação do PL das Fake News | Agência Brasil
Líderes religiosos se reuniram na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (2) para afirmar que são a favor da aprovação do PL das Fake News, posição contrária ao que a bancada evangélica vem defendendo nos últimos dias.
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A votação do projeto, prevista para esta terça-feira (2), pode ser adiada diante das chances de o texto ser rejeitado pelo plenário.
Pela manhã, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), para um encontro a sós no Palácio da Alvorada. Lira permaneceu no local por cerca de 45 minutos.
Integrante da base de apoio a Lula, o deputado federal Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) afirmou que o projeto zela pela liberdade religiosa, está maduro para votação e não apresenta margem ou interpretação cabível para censura.
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"Quem está dizendo isso ou está desinformado ou agindo de má intenção."
"Lamento que determinadas lideranças evangélicas no Parlamento estejam pouco preocupadas com a democracia, com as nossas escolas, com as nossas crianças e adolescentes. E ainda dizendo que a liberdade religiosa será interditada", completou Vieira, que não compõe a Frente Parlamentar Evangélica da Câmara.
O pastor Ricardo Gondim, da Igreja Betesda, afirmou que as plataformas digitais "não podem pautar um país inteiro" e que apoia o PL da Fake News.
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"O Brasil é um país soberano. Nós precisamos dizer que as plataformas digitais não serão um campo selvagem, não serão um campo que ninguém sabe o que está acontecendo", disse.
Além de Gondim, estavam presentes na Câmara e falaram com imprensa Sérgio Dusilek (Igreja Batista Marapendi), Bispa Marisa (Bispa Emérita da Igreja Metodista), Frei Lorrane (Ordem Franciscana dos Frades Menores) e Pastora Camila Oliver (Igreja Batista Nazareth, Aliança de Batistas do Brasil).
Na semana passada, o projeto começou a enfrentar resistência crescente entre a bancada evangélica. No sábado (29), o presidente da Frente Parlamentar Evangélica do Congresso (FPE), deputado federal Eli Borges (PL-TO), afirmou que o grupo fará orientação contrária à aprovação do PL.
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Ele disse, em nota divulgada, que a FPE enxergou com preocupação o relatório de Orlando Silva (PC do B-SP), ainda que ele tenha incluindo sugestões da bancada, mas que "o texto mantém em suas regras diversos dispositivos que penalizam a pluralidade de ideias e sobretudo os valores cristãos".
No mesmo dia, o presidente do Republicanos, Marcos Pereira, disse que o partido também votará contra o projeto e que, mesmo com as sugestões acatadas, "o texto continua ruim".
"O Republicanos votará não, não porque acredita que precisa ter uma regulamentação, tem que ter, sim, uma regulamentação sobre o assunto. Mas não esta que está sendo proposta no momento", afirmou Pereira.
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A decisão é importante porque, na aprovação do regime de urgência por 238 a 192, a sigla foi fundamental, com 29 votos em favor da tramitação mais rápida.
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