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Cotidiano
Disputas entre crime organizado e letalidade policial ainda são os principais bloqueios para redução dos assassinatos
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Operação Escudo, realizada em 2023 pela Polícia de São Paulo no litoral paulista, é um exemplo desta letalidade | Divulgação/Governo de SP
O Brasil registrou mais de 46 mil mortes violentas intencionais no ano passado, o que configura queda de 3,4% em relação a 2022, segundo dados divulgados pela 18ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, mas disputas entre o crime organizado e mortes causadas por policiais ainda são os principais bloqueios para redução dos assassinatos.
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São consideradas mortes violentas aquelas provocadas por homicídio, latrocínio, morte após lesão corporal ou por interferência policial. De acordo com o Anuário, o País registrou uma taxa de quase 23 mortes violentas para cada 100 mil habitantes, o que totalizou 46.328 mortes em 2023.
A média de mortes violentas no Brasil é cerca de 18,8% maior do que a média regional da América Latina e Caribe, que em 2022 era de 19,2 homicídios por 100 mil habitantes.
O número de mortes violentas cresceu em seis estados: Amapá (39,8%), Mato Grosso (8,1%), Mato Grosso do Sul (6,2%), Pernambuco (6,2%), Minas Gerais (3,7%) e Alagoas (1,4).
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Entre 2013 e 2023, a letalidade policial teve aumento de 189%. Já entre 2022 e 2023, foram 6.393 mortes provocadas pela polícia no Brasil, o que não representa nem 1% de queda no período de um ano.
Apesar da leve diminuição da letalidade policial, o perfil do assassinado continua o mesmo: homem, negro e jovem. Segundo o Anuário, 82,7% dos mortos pela polícia são negros. Destes, 72% têm de 12 a 29 anos.
A Operação Escudo, realizada em 2023 pela Polícia de São Paulo no litoral paulista, é um exemplo desta letalidade. Segundo um relatório realizado pela Ouvidoria das Polícias de São Paulo, pessoas negras representam 82% dos 28 mortos pela PM na operação.
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