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Cotidiano

Justiça bloqueia bens de homem suspeito de matar namorada e fugir

Caso aconteceu em São Vicente, no litoral paulista, e o suspeito já tinha um boletim de ocorrência registrado contra ele pela vítima

10/03/2022 às 13:16  atualizado em 10/03/2022 às 14:01

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Carlos e Sandra já estavam juntos há pouco mais de um ano

Carlos e Sandra já estavam juntos há pouco mais de um ano | Reprodução/Redes sociais

O homem suspeito de matar a namorada e depois fugir, estando até o momento foragido, terá os bens pessoais bloqueados pela Justiça. A decisão de caráter liminar, de validade imediata, visa garantir que uma eventual indenização por danos morais seja paga à família da vítima. Carlos Alberto de Abreu, de 50 anos, teria matado a companheira em São Vicente, no litoral paulista.

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Os familiares de Sandra Ribeiro, de 53 anos, decidiram entrar com um pedido de indenização por danos morais na Justiça após pesquisarem pelo nome do suposto criminoso na internet e descobrirem que ele estava para receber uma herança do pai.

Diante do pedido da família, o juiz Mário Roberto Negreiros Velloso, da 2ª Vara Cível do Foro de São Vicente, decidiu que fosse bloqueada a parte da herança que seria do suspeito, até que seja julgado o processo criminal. O texto conta com informações do "g1".

"A probabilidade do direito está demonstrada pelos documentos que escoltaram a inicial – inquérito policial, laudo com fotos de câmeras do dia do crime, depoimentos, reportagens, etc", destacou o magistrado. Os filhos da vítima pedem indenização de R$ 10 mil para cada um. 

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O corpo de Sandra foi encontrado no dia 6 de dezembro pelo filho. Ele diz que tentava contato com a mãe desde o dia anterior e, por não ter conseguido ligar para ela, decidiu ir até sua residência, onde encontrou a mãe morta no quarto, que estava com a porta trancada.


Carlos Abreu foi flagrado por câmeras de segurança chegando à residência com a Sandra, mas cerca de uma hora depois, ele saiu da casa sozinho, de bicicleta e com uma mochila. A Polícia Civil registrou o caso como feminicídio.


Segundo informações do portal "Último segundo", Carlos já tinha um boletim de ocorrência registrado contra ele por Sandra e no documento ela elegou que o homem a teria ameaçado de morte. O suspeito também já possuía outra ocorrência registrada na polícia por parte de uma ex-namorada, que o acusou de tentar matá-la em 2018, segundo confirmado pela Polícia Civil. 

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Testemunhas disseram à Polícia Civil Carlos e Sandra já estavam juntos há pouco mais de um ano. Os filhos não sabiam do boletim de ocorrência registrado por Sandra contra o companheiro.

Investigações

O delegado responsável pelo caso falou em entrevista o que analisou nas imagens de câmeras de monitoramento. "Conseguimos imagens do condomínio onde a vítima morava, e conseguimos ver que, por volta da 1h10 da madrugada [da data do crime], eles [ela e o namorado] chegaram juntos de carro. Ele desceu e abriu o portão da casa, aí ela entrou com o carro e ele entrou a pé em seguida", disse a autoridade policial.

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"Depois, acompanhando as imagens, vemos que o filho entra na casa por volta das 16h do dia seguinte, que foi o horário em que ele encontrou a mãe já morta e acionou a polícia", explicou o delegado afirmando que o suspeito saiu da casa sozinho.

 

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Uma parente de Sandra, que preferiu não se identificar, contou que uma vizinha da vítima disse à família que a mulher já havia sido agredida pelo namorado antes.

 

"Essas informações sobre as agressões os filhos não tinham, todos souberam pelos vizinhos. Ninguém nunca havia comentado com os filhos sobre isso. Mas, foi confirmado pelos vizinhos, sim, tanto que uma delas ouviu [barulho] no dia do acontecido, e não chamou a polícia. As pessoas, infelizmente, acabam se omitindo quando se trata de violência doméstica", contou o familiar.

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A Prefeitura de São Vicente, por meio da Secretaria de Saúde (Sesau), informou em nota que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) atendeu, no dia do encontro do corpo, ao chamado de uma mulher em parada cardiorrespiratória, mas, chegando ao local, foi constatado que a paciente já estava em óbito evidente. O Samu acionou a PM, que por sua vez mobilizou a Polícia Civil para prosseguir com a ocorrência.

 


O caso foi registrado como feminicídio na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de São Vicente e segue em investigação.

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