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Cotidiano

Justiça absolve vereador de SP acusado de racismo: 'Contexto de brincadeira'

Para juiz que absolveu o vereador Camilo Cristófaro, fala 'é coisa de preto' foi feita em 'um contexto de brincadeira, de pilhéria'

Bruno Hoffmann

13/07/2023 às 21:08  atualizado em 13/07/2023 às 21:21

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O vereador Camilo Cristófaro

O vereador Camilo Cristófaro | Yuri Salvador/CMSP

Em decisão anunciada nesta quinta-feira, a justiça paulista absolveu o vereador Camilo Cristófaro da acusação de racismo. O juiz Fábio Aguiar Munhoz Soares afirmou na decisão que "a fala do acusado, como se demonstrou de forma exaustiva pelas testemunhas ouvidas em juízo, foi extraída de um contexto de brincadeira, de pilhéria, mas nunca de um contexto de segregação, de discriminação ou coisa que o valha".

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O magistrado também escreveu: "Era necessário que ficasse devidamente comprovada nos autos não somente sua fala, mas também a consciência e a vontade de discriminar, pois não fosse assim e bastaria que se recortassem falas de seus contextos para que possível fosse a condenação de quem quer que fosse.

Em maio de 2022, durante uma reunião virtual de uma CPI na Câmara Municipal de São Paulo, o vereador foi flagrado pelo sistema de som do plenário dizendo "não lavar a calçada é coisa de preto, né?".

Após ser acusado de fazer a fala preconceituosa, primeiro Cristófaro negou o ato, mas depois admitiu que realmente fez a fala de cunho racista.

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Em nota, disse que precisava “passar por uma desconstrução desses preconceitos”. O parlamentar também afirmou que “apesar de ter tido uma fala racista” ele “não é racista em suas atitudes”. 

A Corregedoria da Câmara Municipal de São Paulo marcou para o dia 24 de agosto a reunião para discutir e votar o relatório final do processo interno que corre contra o parlamentar, que pode causar de advertência à perda do mandato.

"O processo referente ao vereador Camilo ficou parado por mais de um ano na Corregedoria. É importante trazermos uma resposta rápida e que, ao mesmo tempo, garanta o devido processo legal e ampla defesa", afirmou Rubinho Nunes (União Brasil), corregedor-geral da Câmara.

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Outras acusações contra Cristófaro

Em maio deste ano, Cristófaro voltou a ser acusado de racismo, desta vez pelo colega George Hato (MDB). O emedebista afirmou que Cristófaro disse em voz alta "vou dar um cacete nesse japonês" ao se encontrar com ele no prédio. O vereador do Avante nega. Os dois se desentendem há anos.

"Me sinto ameaçado por esse vereador, por esse psicopata, que precisa realmente ter uma punição exemplar", disse Hato, repetindo diversas vezes que o colega é racista e perigoso.

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O vereador do PSB teve ainda o nome envolvido em outros episódios semelhantes desde o início de seu primeiro mandato. Em 2019, ele chamou o vereador Fernando Holiday (Novo) de “macaco de auditório” e, em 2017, foi acusado pela então vereador Isa Penna (então PSOL, hoje no PCdoB) de a ter chamado de “vagabunda”.

O vereador não se pronunciou sobre a absolvição pela justiça até o fechamento deste texto.

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