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O ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza foi preso no dia 19 de fevereiro na Operação Ad Infinitum, fase 60 da Lava Jato | /Mateus Bruxel/Folhapress
A juíza Gabriela Hardt, da 13.ª Vara Criminal Federal de Curitiba, prorrogou o inquérito que investiga o ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza - apontado pela Operação Lava Jato como operador de propinas do PSDB - por suposta lavagem de dinheiro no esquema de propinas da Odebrecht. A decisão acolhe um pedido da Polícia Federal.
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Vieira de Souza foi preso no dia 19 de fevereiro na Operação Ad Infinitum, fase 60 da Lava Jato. O prazo para o término da investigação, que também mira o ex-ministro Aloysio Nunes Ferreira (governo Temer), era terça (5).
"Considerando que o material apreendido está sendo examinado, como informado pelo DPF (delegado) Alessandro Netto Vieira, que ainda há a necessidade de interrogatório de Paulo Vieira de Souza, preso em São Paulo para participar de audiências de processos criminais em trâmite perante aquela Subseção, e que tais diligências podem contribuir para a melhor elucidação dos fatos, reputo justificada a prorrogação por mais quinze dias do inquérito", anotou a juíza.
Ela cravou prazo final. "Defiro a prorrogação do inquérito por 15 dias, devendo findar, sem a perspectiva de novas prorrogações, até 20 de março de 2019."
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O Ministério Público Federal, do Paraná, afirma que o operador disponibilizou, a partir do segundo semestre de 2010, R$ 100 milhões em espécie ao operador financeiro Adir Assad, no Brasil.
Assad entregou os valores ao Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, aos cuidados do doleiro Álvaro José Novis - que fazia pagamentos de propinas, a mando da empresa, para políticos e agentes públicos, inclusive da Petrobras.
Em contrapartida, relata a investigação, a Odebrecht repassou valores, por meio de contas em nome de offshores ligadas ao Setor de Operações Estruturadas da empreiteira, ao operador Rodrigo Tacla Duran.
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A Procuradoria da República afirmou que o ex-diretor da Dersa manteve R$ 131 milhões em quatro contas no banco Bordier & CIE, de Genebra, em nome da offshore panamenha Groupe Nantes SA, da qual o operador é beneficiário econômico e controlador. As contas foram abertas em 2007 e mantidas até 2017.
CONDENADO.
Paulo Vieira de Souza foi condenado pela juíza Maria Isabel do Prado, da 5.ª Vara Federal de São Paulo, na quinta-feira (28), a 27 anos de prisão pelos crimes de cartel e fraudes em licitações no Rodoanel e em obras da Prefeitura de São Paulo. No dia 1º Paulo Vieira de Souza virou réu novamente pela terceira vez na Lava Jato São Paulo.
(EC)
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