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Cotidiano

Judiciário articula com Guedes e Tarcísio pressão para Bolsonaro falar e conter bloqueios

Presidente está há cerca de 40 horas em silêncio desde que perdeu a eleição

Maria Eduarda Guimarães

01/11/2022 às 13:21  atualizado em 01/11/2022 às 13:27

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Paulo Guedes (Economia) e Tarcísio de Freitas, governador eleito em São Paulo e ex-ministro da Infraestrutura, estão em contato com integrantes do Judiciário

Paulo Guedes (Economia) e Tarcísio de Freitas, governador eleito em São Paulo e ex-ministro da Infraestrutura, estão em contato com integrantes do Judiciário | Marcelo Camargo/Agência Brasil

Em meio à série de bloqueios de rodovias no país, integrantes do Judiciário articulam uma força-tarefa para convencer Jair Bolsonaro (PL) a reconhecer a derrota na eleição e, assim, ajudar conter os manifestantes que apoiam seu governo.

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Nesta terça-feira (1º), os ministros Bruno Dantas, do TCU (Tribunal de Contas da União), e Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), buscaram outros ministros do Supremo, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), ministros do governo e presidentes de partidos políticos de centro para tentar convencer Bolsonaro a falar.

Paulo Guedes (Economia) e Tarcísio de Freitas, governador eleito em São Paulo e ex-ministro da Infraestrutura, estão em contato com integrantes do Judiciário.

A avaliação é que uma declaração do mandatário é essencial para conter os movimentos de seus apoiadores nas ruas. Bolsonaro está há cerca de 40 horas em silêncio desde que perdeu a eleição.

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Uma parte desses atores avalia que o presidente precisa dar uma declaração reconhecendo a derrota, mesmo que faça críticas ao Judiciário. Dizem ainda que o chefe do Executivo deve se colocar como o líder da oposição a Lula, referendado por 58 milhões de voto.

Há dirigentes partidários que querem que Lira vá até o Palácio do Planalto sozinho ou acompanhado para persuadir Bolsonaro a se posicionar mesmo que não reconhecendo a derrota, mas pedindo aos manifestantes que deixem as estradas.

O presidente da Câmara já esteve com o mandatário, na segunda-feira (31), por cerca de meia hora no Alvorada.

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Enquanto uma ala do entorno do mandatário busca pressioná-lo para reconhecer a derrota, outra questiona ainda o resultado das urnas. Auxiliares mais próximos de Bolsonaro tem lançado dúvidas, reservadamente, sobre a apuração dos votos.

Eles reconhecem ainda que os bloqueios são preocupantes, mas dizem ser justificáveis, dando amparo ao discurso dos apoiadores do presidente.

Aliados de Bolsonaro dizem que o governo age para minimizar o bloqueio das rodovias, mas reclamam da decisão de Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), desta segunda (30). O magistrado determinou que a gestão Bolsonaro o governo adotasse imediatamente "todas as medidas necessárias e suficientes" para desobstruir as rodovias ocupadas por bolsonaristas em protesto pelo resultado das eleições.

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A reclamação dos aliados do presidente é que Moraes teria inflamado ainda mais os manifestantes por ser considerado um algoz de Bolsonaro, portanto, supostamente sem legitimidade para tal decisão.

Depois da ordem de Moraes, nesta terça, as polícias militares dos estados começaram a atuar na desobstrução de rodovias bloqueadas por manifestantes bolsonaristas.

Até a noite desta segunda, foram mais de 300 bloqueios em estradas de 25 estados e no DF. Os manifestantes protestam contra o resultado das eleições, que teve Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como vencedor na disputa pelo Planalto.

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