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Cotidiano
Investigações da polícia constataram briga entre membros de uma facção criminosa, que movimentaria milhões em Rio Claro
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Carro de um dos mortos foi encontrado incendiado | Reprodução/Polícia Civil
Após a execução de dois sócios de um depósito de bebidas, em Rio Claro, no interior de São Paulo, as investigações da polícia constataram briga entre membros de uma facção criminosa, que movimentaria milhões na cidade.
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Segundo informações de um relatório policial obtido pelo portal de notícias Metrópoles, um jovem de 25 anos (M.B.P.) antigo aliado do chefe do 'Bando do Magrelo', teria matado membros da quadrilha para ocupar o lugar de A.R.M. o Magrelo.
Há cerca de uma semana o “gerente” de uma facção criminosa foi preso em São Paulo. Em agosto deste ano, outra pessoa foi presa sob suspeita de liderar uma facção criminosa no centro da capital paulista.
A ida de Magrelo para o sistema carcerário, em maio de 2023, gerou uma quebra no bando e aumentou a ganância de antigos aliados, como M., conforme consta no relatório policial obtido pelo Metrópoles.
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O jovem, que se apresenta como empresário, teria atuado com Magrelo para transportar cargas de drogas do Paraguai até o interior da capital paulista. Conforme a investigação policial, ambos se desentenderam e desfizeram a parceria.
Enquanto Magrelo continua preso, M., antigo aliado, tenta roubar o lugar dele como chefão do crime em Rio Claro, que fica a cerca de 170 quilômetros de São Paulo.
O chefe da quadrilha Bando do Magrelo, antes de ser preo, se intitulava "novo Marcola”, líder máximo do Primeiro Comando da Capital (PCC), quadrilha inimiga do bando.
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Ele seria o comandante da organização criminosa que movimenta milhões em Rio Claro, no interior de São Paulo, conforme divulgou o portal Metrópoles.
Com Magrelo preso, M. teria começado a ocupar o lugar do “novo Marcola” e ainda teria iniciado uma onda de assassinatos na região de Rio Claro.
Segundo as investigações reportadas nesta quarta, a briga entre os membros do mesmo grupo criminoso deixou ao menos três mortes “oficiais” de junho até o momento.
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No dia 2 de junho deste ano, Maicon Donizete do Nascimento, conhecido como Zóio Verde, de 36 anos, e Valdeir Silva dos Santos, chamado de Val, 39, foram mortos no bairro Parque Universitário, em Rio Claro. Eles eram sócios de um depósito de bebidas. Val e Zóio Verde foram executados em um domingo, segundo divulgou o portal Metrópoles.
Registros da Polícia Civil indicam que Zóio Verde foi alvo de 18 tiros. No carro dele também foram encontrados R$ 23 mil. Já Val foi alvo de sete disparos. No ocorrido, dois pistoleiros teriam desembarcado de um carro verde e atiraram. Os criminosos fugiram.
Uma denúncia do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), chegou a afirmar que os comparsas dos mortos “se vingariam no próximo fim de semana”.
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Seis dias depois, em um sábado, José Orlando Rodrigues, conhecido como Zóio, foi assassinado. Ele tinha saído do sistema carcerário no início do ano.
Após denúncia anônima, a polícia identificou os criminosos envolvidos nos assassinatos. Conforme relatado por testemunha anônima, Zóio Verde e Val teriam sido mortos por três pessoas.
Segundo as investigações, foram L.A.F., conhecido como Filho do Turco; A.A.B.P., o Divino, e J.O.R., o Zóio os autores das mortes. Divino é pai de M., o jovem empresário de 25 anos, que teria guiado o carro que levou os pistoleiros para o local do crime.
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De acordo com o MP-SP, o quarteto também estaria envolvido nos assassinatos de um criminoso identificado como Gago e no desaparecimento de M.D.M., em 29 de abril.
Conforme registros do Tribunal da Justiça de São Paulo, divulgados pelo Metrópoles, o Filho do Turco e Divino estão em liberdade e M. está desaparecido.
Segundo dados da Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo, em 2020, foram assassinadas 21 pessoas em Rio Claro. O número praticamente dobrou no ano seguinte devido à atuação da quadrilha liderada por Magrelo.
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Na disputa pelo crime em Rio Claro, o Bando do Magrelo já teria se envolvido em ao menos 30 homicídios de integrantes do PCC.
Em outra denúncia, também divulgada pelo Metrópoles, o Gaeco afirmou que as execuções promovidas por Magrelo foram em via pública, em plena luz do dia, com disparos de fuzil.
Magrelo foi preso no dia 23 de maio do ano passado, com um documento falso em Borborema, a cerca de 210 km de distância de Rio Claro e a quase 380 km da Capital.
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Seis dias antes, ele fugiu da polícia por um buraco no muro da mansão em que morava, em Ipeúna, no interior, durante uma operação conjunta do Gaeco e da PM.
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