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Cotidiano

Jovem de 28 anos leva 'boa noite, Cinderela' em quiosque na praia de Santos e acorda nu em hotel

Jeferson Marques

28/05/2022 às 13:20  atualizado em 28/05/2022 às 13:49

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| Reprodução/Arquivo Pessoal/Facebook

"A pessoa levou, naquela noite, minha integridade, minha moral. Eu aprendi a seguir, mas foi um processo traumático". O desabafo do DJ e organizador de eventos Giovani Faccioli, 28, é de uma vítima do "boa noite, Cinderela", um golpe antigo, em que a pessoa é dopada após ingerir bebida alcoólica "batizada" com substâncias químicas. A intenção pode ser roubar e/ou abusar sexualmente da vítima.

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Segundo José Olinda Braga, professor do departamento de psicologia da UFC (Universidade Federal do Ceará), o golpe pode desencadear crises de pânico, posteriormente tornadas síndrome do pânico, e/ou problemas psicossomáticos envolvendo com frequência o trato gastrointestinal, respiratório e áreas da pele. "A ansiedade em níveis razoáveis faz parte da vida humana, no entanto, quando exacerbada por questões externas, passa a ser esteio para o advento de uma enorme quantidade de males de ordem emocional ou fisiológica", afirma Olinda.

Faccioli estava numa festa diurna realizada em um quiosque numa praia em Santos, litoral de São Paulo, quando foi abordado por uma pessoa que lhe ofereceu uma bebida. Após isso, ele alega ter sofrido um apagão, e acordou horas depois em um quarto de hotel, nu, confuso e sem nenhum pertence pessoal. Havia apenas um short e muitas garrafas de bebidas vazias. Sem apoio da gerência do estabelecimento, o DJ saiu atordoado pelas ruas, sem saber onde estava e o que havia feito antes, tendo apenas alguns flashes de memória. Ele conseguiu retornar à praia, onde pediu ajuda, sendo socorrido por familiares em seguida. "Eu não sabia dizer meu nome. O prejuízo financeiro é pequeno perto do dano.

Atualmente, Faccioli está sendo acompanhado por especialista, após ter desenvolvido um quadro de ansiedade acentuada. "Eu tenho muita dificuldade de confiar nas pessoas. Afetivamente, para me relacionar, é difícil, é muito recorrente que eu sinta que essas pessoas vão me fazer o mal, não físico, mas emocional", confidencia.

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O acolhimento com um profissional é fundamental para a vítima que se encontra em fragilidade emocional. "A condução terapêutica costuma ser na forma de escuta ativa (antes, durante e depois do ocorrido), em que são oferecidas condições para facilitar a elaboração do trauma, num clima empático e de aceitação", esclarece Olinda.

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