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Cotidiano

Jornalista acusa CEO do estádio do Pacaembu de tentativa de agressão

Concessionária admite a discussão, mas nega que houve tentativa de agressão pelo executivo

Bruno Hoffmann

29/01/2025 às 16:50  atualizado em 29/01/2025 às 17:02

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CEO do Pacaembu é acusado de tentar agredir repórter da Folha de S. Paulo

CEO do Pacaembu é acusado de tentar agredir repórter da Folha de S. Paulo | Reprodução/Folha de S. Paulo

O CEO da Allegra Pacaembu, Eduardo Barella, teve uma discussão com um repórter do jornal Folha de S. Paulo nesta terça-feira (28/1). O jornalista acusou o dirigente de tentativa de agressão.

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A concessionária admitiu o bate-boca, mas negou que tenha havido qualquer tentativa de agressão pelo executivo (leia mais abaixo).

Segundo Demétrio Vecchioli, da Folha, ele estava no local para a cobertura do primeiro dia da abertura das áreas públicas, conforme anunciado pela gestão municipal no dia anterior.

Ainda conforme o profissional, ele foi inicialmente barrado na porta do estádio, mas depois foi autorizado a entrar.

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Por mensagem de WhatsApp, o repórter informou ao assessor de imprensa da concessionária sobre o fato de ter sido barrado, mas que havia sido autorizado depois e que estava no interior do Pacaembu. O representante da empresa respondeu que ia para o local.

Segundo relato do jornalista, ambos se encontraram próximo à quadra de tênis e, quando voltavam da piscina em direção à entrada social do complexo, Barella tentou agredi-lo.

Assessor intercedeu

Segundo Demétrio, o CEO foi em sua direção e, ao chegar perto, armou um soco, quando o assessor entrou na sua frente. O soco só não o atingiu porque o assessor intercedeu, disse o jornalista.

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A partir desse ponto, o repórter iniciou a gravação, que mostra dois assessores afastando o executivo de perto do jornalista.

Vecchioli pediu para o CEO dizer o que havia falado antes, quando o CEO se virou e chamou o repórter de “mau-caráter” três vezes.

Questionada sobre a tentativa de agressão, a Prefeitura de São Paulo lamentou o fato e repudiou qualquer ação de cerceamento à liberdade de imprensa.

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O que disse o jornalista

Pelas redes sociais, Vecchioli afirmou que só viu o executivo uma vez, em 2019, no ato de assinatura do contrato, e que não houve nenhuma discussão nesta terça.

“Nunca havíamos discutido, ou falado, exceto naquele evento de 2019. Ele não me xingou, não me criticou. Ele veio em minha direção com o único intuito de me agredir pelo meu trabalho”, disse o repórter, que também afirmou que Barella é faixa-preta de jiu-jítsu e disputa campeonatos mundiais da categoria.

“Seu concessionário ameaça, tenta agredir, e não disponibiliza as imagens das câmeras de segurança, como se aquele fosse seu quintal. Quase apanhei somente pelo que escrevi. A cidade de São Paulo e o Pacaembu não podem ficar na mão de gente assim”, completou Vecchioli.

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Allegra nega agressão

Leia a nota da Allegra Pacaembu, na íntegra:

“Na manhã desta terça (28), houve uma discussão entre o CEO da Concessionária Allegra Pacaembu, Eduardo Barella, e o repórter Demetrio Vecchioli, da Folha de S.Paulo. Não houve agressão física e, em menos de dois minutos, a situação foi pacificada.

A Concessionária Allegra Pacaembu reitera seu compromisso de respeito à imprensa livre e o acesso democrático, inclusivo e plural da população e assim convida a reportagem da Folha a retornar ao complexo sempre que quiser, das 6h às 22h”.

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