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Cotidiano
Jones Manoel (PCB) afirmou que o presidente Jair Bolsonaro (PL) é um fascista, um fantoche das elites e que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não é de esquerda, mas o "centro democrático" do país
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Jones Manoel disse que reconhece o papel histórico do ex-presidente Lula | Ricardo Stuckert/DW e Marcelo Camargo/AB
O pré-candidato ao governo de Pernambuco, Jones Manoel (PCB), afirmou nesta quinta-feira (9) que o presidente Jair Bolsonaro (PL) é um fascista, um fantoche das elites e que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não é de esquerda, mas o "centro democrático" do país.
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"Bolsonaro é um presidente genocida, um presidente da fome, do desemprego. Mas Bolsonaro é uma espécie de capanga. O mandante é o conjunto da burguesia brasileira, da elite política e econômica que domina o país", afirmou o historiador em sabatina à Folha de S.Paulo e ao UOL.
Ele destacou que classifica a gestão Bolsonaro como um governo liberal-fascista. Disse que não existe uma polarização no sentido ideológico entre o presidente e o ex-presidente, mas destacou que o petista não é um fascista.
"Bolsonaro e Lula não são a mesma coisa. Quem fala que Bolsonaro e Lula são a mesma coisa está relativizando fascismo. Agora, Lula não é um candidato de esquerda. Lula é o verdadeiro centro desse país, o centro democrático é Lula", afirmou o historiador.
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Jones Manoel disse que reconhece o papel histórico do ex-presidente Lula, defendeu a candidatura da professora Sofia Manzano (PCB) à Presidência no primeiro turno das eleições.
Disse que a candidatura à Presidência do PCB terá como centro as críticas às reformas trabalhista, da Previdência, ao teto de gastos, além de pautar temas como a reforma agrária e a redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais.
Ele defendeu ainda que o presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, e os militares do alto escalão do governo sejam processados por crime contra humanidade pelas mais de 650 mil mortes na pandemia.
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E disse que a Covid-19 foi usada como uma "arma de destruição em massa" contra o povo trabalhador, que atingiu sobretudo os trabalhadores pobres, negros e da periferia.
Também se referiu ao Poder Judiciário como parte de uma engrenagem que retira direitas da classe trabalhara ao dar aval a políticas como o teto de gastos.
"A despeito do STF ter algumas posições importantes a arroubos autoritários do bolsonarismo, nunca é demais lembrar que o Judiciário não está fora desse programa ultraneoliberal", disse.
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Ao abordar o comunismo, ideologia de seu partido, Jones Manoel afirmou que não se faz a revolução em uma eleição, mas que concorre ao governo de Pernambuco para apresentar à população um projeto radical de revolução para a classe trabalhadora.
"Muita gente tem medo da palavra comunismo porque ouviu muita propaganda, viu muita mentira sobre o que é o comunismo. Eu costumo dizer que o comunismo é a brilhante ideia que o trabalhador ou a trabalhadora tem que ter o controle sobre a riqueza e a cultura que ele mesmo produz", disse.
Ao tratar da disputa pelo governo de Pernambuco, ele criticou os governos do PSB, que comandam o estado há 16 anos. Disse que o partido não tem uma política de combate a fome e deixou de lado políticas de reforma agrária no estado.
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Ao discutir sobre as chuvas que atingiram o estado de Pernambuco e deixaram 129 mortos, ele destacou que o governo federal e o governo de Pernambuco fizeram cortes sistemáticos no orçamento para saneamento, moradia e contenção de barreiras.
"Não é uma tragédia natural quando você tem uma política proposital de não investir em saneamento básico, prevenção a tragédias e moradia popular. [...] A chuva não mata, o que mata é uma política que despreza o interesse da classe trabalhadora", afirmou.
Ele disse que prefeito do Recife, João Campos (PSB), se portou como um influencer e estava mais interessado em alimentar suas redes sociais do que em amparar a população atingida pelas chuvas.
Também criticou o governador Paulo Câmara (PSB): "Ele conseguiu a façanha de ser um dos piores da história de Pernambuco. Ele se isentou da tragédia".
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A série de sabatinas com pré-candidatos ao Governo de Pernambuco é promovida pela Folha de S.Paulo e pelo UOL e começou nesta segunda-feira (6) com Marília Arraes. Também foram ouvidos o ex-prefeito de Petrolina Miguel Coelho (União Brasil), o deputado federal Danilo Cabral (PSB) e a ex-prefeita de Caruaru Raquel Lyra (PSDB).
Também estão confirmados para entrevista o ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PL), na sexta (10), às 10h, e o advogado João Arnaldo (PSOL), no mesmo dia, às 16h.
A sabatina foi conduzida por Diego Sarza e pelos jornalistas Carlos Madeiro, do UOL, e José Matheus Santos, da Folha de S.Paulo.
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CONFIRA AS DATAS DAS SABATINAS E DOS DEBATES
Sabatinas presidenciais
2º turno - de 10 a 14/10
Debates presidenciais
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Debate com candidatos à Vice-Presidência
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Demais sabatinas
Semana de 13/6 - RS
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Debates com candidatos ao Governo de SP
1º turno - 19/9, às 10h
2º turno - 20/10, às 10h
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