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Cotidiano

Joias e policiais suspeitos em execução no aeroporto; veja o que se sabe até agora

Antônio Gritzbach levava bagagem com mais de R$ 1 milhão em joias e objetos de valor no momento do crime; autoridades montam força-tarefa para investigação do caso

Matheus Herbert

11/11/2024 às 15:20  atualizado em 11/11/2024 às 15:27

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Segundo o boletim de ocorrência, a bagagem de Gritzbach continha ao menos 38 itens de alto valor

Segundo o boletim de ocorrência, a bagagem de Gritzbach continha ao menos 38 itens de alto valor | Reprodução

As autoridades policiais montam uma força-tarefa para investigar a execução do empresário Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, em plena luz do dia, no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, na Grande São Paulo. A vítima foi assassinada na última sexta-feira (8/11). 

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Antônio Vinicius Lopes Gritzbach teria mandado matar dois integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC), facção que age dentro e fora dos presídios. O empresário foi alvejado com 29 tiros, dos quais 10 o atingiram, no momento em que pisou na área de desembarque do Terminal 2 do aeroporto

Antônio Gritzbach levava uma bagagem com mais de R$ 1 milhão em joias e objetos de valor no momento do crime. 

Segundo o boletim de ocorrência, a bagagem de Gritzbach continha ao menos 38 itens de alto valor. Entre eles:

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  • 11 anéis prateados com pedras rosadas, outras esverdeadas, em formas de coração e de pingo;
  • 6 pulseiras esverdeadas e douradas;
  • 2 colares prateados em forma de pingo e com pingentes;
  • 9 pares de brincos com pedras verdes, azuis e prateadas.

As joias tinham certificado de joalheiras de luxo como Bulgari, Cartier, Cristovam Joalheria e Vivara.

Investigação de execução 

A Polícia Civil investiga se as joias têm alguma relação com o assassinato do empresário, que entregou esquemas criminosos da facção criminosa paulista e de corrupção policial em depoimentos dados ao Ministério Público de São Paulo nos últimos meses.

Além disso, integrantes do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) relataram na manhã desta segunda-feira (11/11) à CNN, que já identificaram as delegacias onde possivelmente estão lotados os policiais suspeitos de participarem na ação criminosa. 

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Esses policiais estariam lotados em delegacias na zona leste de São Paulo e em duas delegacias especializadas: o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) e o Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).

Em sua delação, Gritzbach mostrou situações específicas em que essas delegacias teriam atuado em benefício do PCC.

Na tarde desta segunda-feira, a Polícia Federal, a Polícia Civil e o Ministério Público de São Paulo se reunirão para traçar a rota das investigações. O encontro está marcado para 16h30. 

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Outra morte e baleados 

Morreu no sábado (9/11) o motorista de aplicativo que ficou ferido na execução que matou o empresário Antônio Vinicius Lopes Gritzbach. 

Celso Araujo Sampaio de Novais, de 41 anos, foi atingido nas costas por um dos tiros de fuzil e estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Geral de Guarulhos. Morador de Guarulhos, ele deixa três filhos.

Entre os feridos estão um funcionário terceirizado do aeroporto, atingido na mão, que está em observação no hospital, e uma mulher, de 28 anos, que já recebeu alta.

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Histórico e delação

No fim do ano passado, o empresário havia sido alvo de um suposto atentado na sacada do apartamento em que morava, no bairro Anália Franco, na zona leste da capital paulista.

Gritzbach teria mandado matar dois criminosos do PCC. Os integrantes do PCC, Anselmo Becheli Santa Fausta, conhecido como Cara Preta, e Antônio Corona Neto, o Sem Sangue, motorista de Anselmo, foram mortos em 27 de dezembro de 2021.

Em março deste ano, Antônio Vinicius Lopes Gritzbach assinou um acordo de delação premiada com o Ministério Público de São Paulo (MP-SP).

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