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Cotidiano

'Jamais seria vice de ladrão', diz Doria após fala sobre não-candidatura

Após considerar que abriria mão da sua candidatura à Presidência, o tucano criticou a eventual decisão de Alckmin de integrar a chapa de Lula na corrida eleitoral

23/02/2022 às 13:35  atualizado em 23/02/2022 às 13:56

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Geraldo Alckmin e João Doria

Geraldo Alckmin e João Doria | Nilton Fukuda / Estadão Conteúdo

Após admitir publicamente pela primeira vez que "lá adiante" pode abrir mão da sua candidatura à Presidência em prol de outro nome, o pré-candidato ao Planalto, João Doria (PSDB) afirmou que desaprova a eventual atitude de Geraldo Alckmin (sem partido) de integrar a chama de Lula (PT) na corrida eleitoral deste ano. 

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“Eu jamais aceitaria ser vice de ladrão”, afirmou Doria. Luíz Inácio Lula da Silva chegou a ser preso por corrupção, mas teve as ações contra ele anuladas e por isso poderá concorrer ao Executivo da União em outubro.

"Não vou colocar o meu projeto pessoal à frente daquilo que sempre foi a índole. Se chegar lá adiante e, lá adiante, eu tiver de oferecer o meu apoio para que o Brasil não tenha mais essa triste dicotomia do pesadelo de ter Lula e Bolsonaro, eu estarei ao lado daquele ou de quantos forem os que serão capacitados para oferecer uma condição melhor para o Brasil", afirmou o governador diante de uma plateia de empresários e investidores no CEO Conference 2022, evento organizado pelo banco BTG Pactual. 

Ao falar no mesmo evento antes de Doria, Moro foi no caminho oposto e deixou claro que não abre mão da disputa. "Não faz sentido abdicar da pré-candidatura se ela tem o maior potencial para vencer extremos", completou.

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O timing do momento da unidade da terceira via também destoou. "A gente precisa se unir, acho que isso é urgente, eu faria isso de bom grado", disse Moro. 

"Aquelas [candidaturas] que compõem esse centro democrático liberal e social, nós temos que manter até o esgotamento do diálogo pelos líderes partidários", rebateu o tucano, citando os nomes do ex-juiz Sérgio Moro (Podemos) e da senadora Simone Tebet (MDB-MS). 

Pesquisa

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Na semana passada, Moro, Tebet e o cientista político Felipe d'Avila, pré-candidato do Novo, participaram de um almoço debate com empresários organizado pelo Lide (Grupo de Líderes Empresariais), organização criada pelo governador João Doria, pré-candidato do PSDB ao Palácio do Planalto.

Na ocasião, todos pregaram a união do centro contra Lula e Bolsonaro. "Sem dúvida é possível a união do centro até as convenções. Como avaliar? Com pesquisa, quantitativa e qualitativa. Não só a pesquisa de intenção de voto, mas também ver aquele tem o menor índice de rejeição", disse Tebet aos jornalistas na saída do evento. 

Ainda segundo a senadora, o momento certo para definir o candidato desse bloco é em maio. "Muitas pré-candidaturas vão se encontrar. Acredito que é possível caminhar com uma única candidatura do centro democrático ainda no 1° turno". 

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Na mesma linha, o ex-ministro Sérgio Moro (Podemos) afirmou que existe "convergência" entre os projetos do centro democrático. 

"O ideal é que essa união aconteça o quanto antes. Temos que considerar vários fatores (para a escolha do nome). O mais fundamental é o pré-candidato que se encontrar mais à frente nas pesquisas. Devemos nos unir em torno de um nome mais competitivo, e as pesquisas devem ser levadas em consideração."

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