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Cotidiano

Itália decreta certificado anti-Covid obrigatório para trabalhadores

O intuito é pressionar ao menos 4 milhões de trabalhadores italianos a se vacinarem contra a Covid-19

Maria Eduarda Guimarães

16/09/2021 às 16:07

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Um protesto organizado por ativistas brasileiros em Roma distribuirá menus fictícios contra Bolsonaro.

Um protesto organizado por ativistas brasileiros em Roma distribuirá menus fictícios contra Bolsonaro. | JÉSHOOTS/Pexels

O governo italiano aprovou nesta quinta (16) um decreto que tenta pressionar ao menos 4 milhões de trabalhadores italianos a se vacinarem contra o coronavírus. Trata-se de um certificado anti-Covid obrigatório.

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Esse é o número dos que ainda não têm o chamado passe verde, que atesta proteção contra o coronavírus e passa a ser obrigatório para todos os trabalhadores, dos setores público e privado, a partir de 15 de outubro.

Quem não apresentar o comprovante será suspenso sem remuneração –a partir do primeiro dia, para o setor privado, e do quinto dia para os servidores– e estará sujeito a uma multa de até 1.000 euros (mais de R$ 6.000).

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Haverá sanções também para os empregadores que não fiscalizarem o porte do passe. Os funcionários não poderão ser demitidos nem punidos por não apresentar o documento.

Segundo o decreto, a exigência vale também para empregados domésticos, trabalhadores autônomos, como encanadores e eletricistas, e voluntários em entidades beneficentes.

O passe verde pode ser obtido também por quem tem um teste negativo para coronavírus feito em no máximo 48 horas, mas esses exames deixarão de ser gratuitos no país, a não ser para os que não podem ser vacinados por ordem médica.

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Os testes vão custar cerca de 15 euros (cerca de R$ 90), e o governo espera que a medida seja um incentivo adicional para convencer os cerca de 3,7 milhões de trabalhadores do setor privado e 300 mil servidores públicos ainda não protegidos (quase 40% do total) a tomarem o imunizante.

"Não é o momento de experimentar, mas o de forçar a vacinação", afirmou o primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, a líderes sindicais que criticavam a necessidade de pagar pelos testes.

O objetivo do governo é atingir no mínimo 80% dos italianos totalmente vacinados até meados de outubro. De acordo com os dados mais recentes, 73% da população acima de 12 anos já completou a vacinação no país, mas o ritmo de novas imunizações caiu bastante nas últimas semanas.

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As regras italianas são as mais estritas na União Europeia e o governo italiano não descarta adotar, caso sua meta não seja alcançada, a vacinação compulsória –hoje imposta na Indonésia, na Micronésia e no Turcomenistão, além de em ao menos 12 cidades chinesas.

Na Itália a imunização é obrigatória para profissionais de saúde. Desde que essa regra passou a valer, 728 médicos foram suspensos, segundo a federação da categoria. Medida semelhante passou a valer nesta quarta (15) na França –o governo francês divulgou que 3.000 servidores foram suspensos no primeiro dia.

O passe verde italiano também é exigido para frequentar bares, restaurantes, academias, teatros, cinemas, museus e apresentações esportivas, para viagens nacionais e para qualquer adulto que entre em estabelecimentos escolares.

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As regras valem pelo menos até 31 de dezembro, quando expira o atual estado de emergência.
Segundo o governo italiano, as vacinas reduziram as mortes no país em 96,3%, e o número de hospitalizações e de pacientes em UTI caiu 93,4% e 95,7%, respectivamente.

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