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Cotidiano

Internações por Covid caem em hospitais públicos e privados de SP

Segundo pesquisadores da USP e da Unesp, houve uma redução de 22% no total de hospitalizados pela doença no Estado

Leonardo Sandre

24/11/2023 às 12:32  atualizado em 24/11/2023 às 13:02

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Para especialistas, demora na vacinação dificultou combate à Covid-19 no Brasil

Para especialistas, demora na vacinação dificultou combate à Covid-19 no Brasil | Rovena Rosa/Agência Brasil

Dados levantados pela plataforma SP Covid-19 InfoTracker, criada por pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) e da Unesp (Universidade Estadual Paulista), mostram uma redução de 22% no total de hospitalizados por Covid-19 no estado de São Paulo. As informações levam em conta enfermarias e UTIs (unidades de tratamento intensivo) públicas e privadas.

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Em 4 de novembro, 1.239 pacientes estavam internados por Covid no Estado. No dia 18 de novembro, o número caiu para 971.

No mesmo período, a média móvel de novas internações registrou queda de 14% -baixou de 173 para 149. O indicador permite uma análise mais precisa do estágio da pandemia, monitorando avanço, queda ou estabilização.

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Segundo Wallace Casaca, coordenador da plataforma, a queda ocorre após avanço da doença nos últimos dois meses.

"Felizmente, as infecções por Covid começaram a retrair de forma sustentável, tendo a curva de internações iniciado seu processo de descida no início de novembro. Embora o momento seja de arrefecimento da doença, é importante seguir os cuidados básicos, como evitar o contato por longos períodos com pessoas com sintomas gripais, com atenção especial para as festas de final de ano, onde a transmissão do vírus costuma ser amplificada", afirma.

Para Evaldo Stanislau de Araújo, infectologista do Hospital das Clínicas de São Paulo, a queda se deve à menor circulação viral, ao aparecimento de imunidade natural e à força da imunidade induzida pela vacina, o que reflete nas estatísticas.

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"Não temos feito testes suficientes e eu insisto nisso. Os casos continuam acontecendo e não estamos vendo. É muito frequente encontrarmos pessoas com sintomas respiratórios, mandar testar e vir positivo. Então, eu acho que pode ter melhorado na população mais vulnerável, ter menos internação, mas é importante enfatizar que ainda estão ocorrendo infecções", afirma Araújo.

"Para cada caso que a gente registra tem uma quantidade de não registrados, então a impressão que a gente tem é que acontece muita subnotificação mesmo", completa.

De acordo com o boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde, até 18 de novembro, o estado de São Paulo totalizou 6.735.665 confirmações de Covid e 181.853 mortes.

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No dia 22, foram registrados 6.737.680 ocorrências da doença e 181.853 óbitos. Em quatro dias, houve 2.015 casos no estado, mas nenhum óbito. Dos mortos, 57,9% eram cardiopatas, 41,1% diabéticos e 13,1% obesos.

Testes negativos devem ser repetidos em 48h

Segundo Araújo, os testes de Covid estão demorando mais tempo para apresentar resultados positivos, alerta Evaldo Stanislau. Para deixar o isolamento também é necessário testar.

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"Como temos imunidade hoje, o vírus não consegue se expressar e elevar a carga viral de uma maneira tão mais fácil quanto fazia antes. O caminho é um pouco mais tortuoso. Então, a replicação do vírus é mais difícil. Se ele conseguia replicar em 24, 48 horas, a ponto de já termos uma quantidade detectável, hoje há trabalhos na literatura mostrando que isso pode ter chegado a 3, 4 dias, por exemplo", explica.

"É importante ter consciência. Se tiver uma confraternização, onde encontrará muita gente num ambiente fechado, aglomerado, e você está com um sintoma qualquer que possa ser Covid, não vá. Se tiver que ir, use máscara e faça um teste", finaliza.

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