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Cotidiano

Instituto Vladimir Herzog celebra recuo de escola homônima a aderir a modelo militar

Escola Vladimir Herzog, em São Bernardo do Campo, apareceu na lista de unidades de ensino que manifestaram interesse em aderir ao modelo cívico-militar

Bruno Hoffmann

22/07/2024 às 16:09  atualizado em 22/07/2024 às 18:10

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Escola Vladimir Herzog, em São Bernardo do Campo

Escola Vladimir Herzog, em São Bernardo do Campo | Reprodução/Google Street View

O diretor-executivo do Instituto Vladimir Herzog, Rogério Sottili, celebrou nesta segunda-feira (22/7) o recuo da escola Vladimir Herzog, em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, em aderir ao modelo cívico-militar, após ter acenado à possiblidade.

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Segundo ele, a decisão tomada pela direção da unidade de ensino neste domingo (21/7) foi resultado da intensa pressão social e da repercussão negativa nos últimos dias.

"Seria um absurdo e uma provocação implementar em uma escola que leva o nome de Vlado o modelo de estudo cívico-militar. Por isso, vemos com bons olhos o recuo da direção da escola, especialmente porque demonstra a importância do vigor das manifestações e da pressão social’, disse Santilli à reportagem da Gazeta.

“No entanto, é importante lembrarmos que esse é um problema muito maior e que não se restringe somente à Escola Estadual Vladimir Herzog”, completou ele.

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O que aconteceu

A escola apareceu lista de 302 escolas paulistas que manifestaram interesse em aderir ao programa de militarização das escolas estaduais de São Paulo, divulgada no dia 18 de julho pela Secretaria Estadual de Educação (Seduc-SP).

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) quer implantar a educação cívico-militar em 45 escolas paulistas já em 2025.

O Instituto Vladimir Herzog publicou uma carta contra a medida, considerada “uma afronta” à memória de Herzog.

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“Tal projeto, de cunho autoritário e abominável, desrespeita e fere a história, o legado e os valores democráticos defendidos por Vlado em vida”, disse a nota.

Neste domingo, a escola publicou pelas redes um texto afirmando que desistiu da conversão do modelo de ensino da unidade em cívico-militar e disse que o objetivo da adesão era meramente consultivo à comunidade escolar.

Quem foi Vladimir Herzog

O jornalista foi morto pelos militares em 1975, quando era diretor da TV Cultura. Ele foi brutalmente torturado e morto na sede do quartel-general do II Exército no bairro do Paraíso, zona sul de São Paulo. Os agentes, depois, disseram que ele havia se suicidado na cela.

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A campanha em busca da verdade em relação à morte de Vlado, como era conhecido, causou uma pressão crescente no governo ditatorial da época, o que teria iniciado o processo – mesmo que lento – de redemocratização do País.

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