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Cotidiano
Instituto Sou da Paz enviou ofício ao presidente da Alesp e a outras autoridades cobrando punição ao deputado estadual Roque Barbieri
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Momento em que Roque Barbieri faz um disparo dentro da sede do PSDB paulista | Reprodução
O Instituto Sou da Paz enviou ofícios ao presidente da Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo), Carlos Pignatari (PSDB), para a presidente do Conselho de Ética, deputada Maria Lucia Amary (PSDB), e para o procurador-geral de Justiça, Mario Sarrubbo, pedindo punição ao deputado estadual Roque Barbieri (Avante).
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Em 1º de setembro, câmeras de segurança na sede do PSDB estadual registraram o parlamentar disparando uma arma de fogo após, segundo relatos, não ter sido recebido pelo presidente do diretório, Marco Vinholi.
No documento, o instituto manifesta preocupação com a escalada da violência política nas eleições deste ano e cita ameaças sofridas pelo candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) e a deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP).
"Sua conduta colocou em risco as vítimas do atentado, é uma ameaça frontal à democracia e um crime tipificado pela lei penal. Utilizar-se de arma de fogo para sanar diferenças políticas ou ameaçar opositores é absolutamente incompatível com o exercício de um mandato parlamentar, concedido democraticamente por parcela do eleitorado paulista", registra o documento, assinado pela diretora-executiva da entidade, Carolina Ricardo.
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Ela defende que Barbieri cometeu o crime de disparo de arma de fogo, previsto no artigo 15º da lei 10.826/2003, e possivelmente o de porte ilegal de arma, previsto no artigo 14º. Afirma ainda estar certa da "convergência de objetivos no que se refere à garantia de um ambiente político seguro e com respeito à pluralidade".
Para Carolina Ricardo, não punir o parlamentar neste momento eleitoral "bastante acirrado e violento" pode servir de estímulo para outros crimes como esse. "Acaba autorizando e incentivando que outros casos como esse aconteçam", avalia.
Segundo levantamento feito em agosto pelo Datafolha, encomendado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e pela Raps (Rede de Ação Política pela Sustentabilidade), 67,5% dos entrevistados afirmaram ter medo de serem "agredidos fisicamente pela sua escolha política ou partidária".
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Em outubro, outra pesquisa do Datafolha indicou que 9% podem deixar de votar em 2 de outubro por medo de violência.
Procuradas, as assessorias da Alesp e de Roque Barbieiri não responderam.
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