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Cotidiano

Instituto Nacional de Cardiologia alerta para aumento da obesidade nas capitais e DF

O Dia Mundial da Obesidade foi lembrado na última segunda-feira (4)

Yasmin Gomes

05/03/2024 às 18:30

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O excesso de peso é considerado a segunda maior causa de morte evitável, atrás apenas do tabagismo

O excesso de peso é considerado a segunda maior causa de morte evitável, atrás apenas do tabagismo | i yunmai/Unsplash

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Um artigo dos pesquisadores do Instituto Nacional de Cardiologia (INC), Arn Migowski e Gustavo Tavares Lameiro da Costa, mostra que, no ano passado, pela primeira vez, o percentual de pessoas com sobrepeso (38,45%) nas capitais e Distrito Federal ultrapassou o daqueles com peso normal (36,93%), enquanto os obesos chegaram a 24,62%.
 

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Estudo lançado pelo INC, do Ministério da Saúde, indica um quadro preocupante nessas cidades de aumento de moradores adultos com sobrepeso e obesidade e diminuição de pessoas com peso normal e saudável. O estudo tomou por base as informações do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), levantamento por amostragem do Ministério da Saúde realizado por meio de ligações telefônicas.

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“O excesso de peso é considerado a segunda maior causa de morte evitável, atrás apenas do tabagismo. Entre as doenças cardiovasculares relacionadas ao excesso de peso estão a doença arterial coronariana (incluindo o infarto), AVC e hipertensão. Além disso, também é fator de risco para diversos tipos de câncer, diabetes mellitus tipo 2, doença renal crônica, esteatose hepática, síndrome da apneia obstrutiva do sono, depressão e artrose, entre outras doenças”, afirmou Aurora Issa, cardiologista e diretora do INC.

Classificação

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O estudo classificou a população adulta das capitais em três grupos de acordo com o índice de massa corporal (IMC), calculado pela divisão do peso (em quilogramas) pelo quadrado da altura (em metros):

  • peso normal (entre 18,50 e 24,99 kg/m2);
  • sobrepeso (25 a 29,99 kg/m2); 
  • obesidade (superior a 30 kg/m2).

Foi criada ainda uma categoria denominada “excesso de peso”, reunindo sobrepeso e obesidade, ou seja, pessoas com IMC superior a 25 kg/m2. Os adultos com IMC inferior a 18,50 kg/m2, uma parcela muito pequena da população, não foram contabilizados no estudo, explicam os pesquisadores

Jovens

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Os pesquisadores analisaram a evolução das três categorias de peso por região do Brasil, faixa etária e gênero. Em todos os casos, eles identificaram o mesmo padrão de crescimento dos grupos com sobrepeso e obesidade e diminuição daqueles com peso normal. As cinco regiões do país seguiram a mesma tendência nacional.
 

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Quanto às faixas etárias, entre os jovens adultos (18 a 24 anos), a prevalência de excesso de peso é menor do que entre os mais velhos. No entanto, os pesquisadores enfatizam que o índice de excesso de peso entre os jovens aumentou de 21,57% em 2006 para 36,55% em 2023. Esse fenômeno é especialmente preocupante pelo longo período de exposição ao excesso de peso que esses jovens terão ao longo da vida – se não reduzirem seus IMCs –, o que vai potencializar o risco de desenvolvimento de doenças.

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Mulheres

Em relação ao gênero, o que chamou a atenção dos pesquisadores foi o forte declínio na proporção de mulheres com peso normal, em ritmo mais acentuado do que o verificado entre os homens. Em 2006, 59,29% das mulheres tinham peso normal, proporção que declinou acentuadamente para 38,75% em 2023. Entre os homens a diminuição foi menor, de 51,61% em 2006 para 34,93% em 2023. O texto conta com informações da "Agência Brasil".

*Texto sob supervisão de Matheus Herbert

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