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Cotidiano

Insatisfeitos, caminhoneiros ameaçam greve em maio

crise. Categoria não ficou satisfeita com o pacote de medidas anunciadas por Bolsonaro e ameaça nova greve

Matheus Herbert

17/04/2019 às 01:00

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Em maio do ano passado, a greve dos caminhoneiros paralisou o País; muitas estradas foram  bloqueadas

Em maio do ano passado, a greve dos caminhoneiros paralisou o País; muitas estradas foram bloqueadas | /Nelson Antoine/Folhapress

Caminhoneiros não ficaram satisfeitos com o pacote de medidas anunciadas nesta terça-feira, pelo governo Jair Bolsonaro para ajudar a categoria. Nos grupos de WhatsApp, o plano foi visto como uma "cortina de fumaça", uma forma de protelar uma possível greve dos motoristas. Alguns já falam, com exaltação, em nova paralisação em 21 de maio - exatamente um ano depois da greve que paralisou o País - caso a situação não melhore.

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Os caminhoneiros afirmam que não estão pedindo dinheiro para o governo, mas sim melhores condições de trabalho. Nas discussões, eles afirmam que soluções como a linha de crédito para manutenção do caminhão, com taxas menores, já foi testada em outras ocasiões, mas não são colocadas em prática. Eles citam o cartão-caminhoneiro para compra de combustíveis, que não funciona para todo mundo.

Ariovaldo Junior Almeida, diretor do Sindicato dos Caminhoneiros de Ourinhos, interior de São Paulo, chamou de "esmola" o crédito oferecido. "É melhor do que nada, mas é esmola. Trinta mil reais não dá para 15 pneus. O caminhoneiro precisava de uma linha de crédito de R$ 200 mil",
afirmou.

A grande reclamação é que a situação dos caminhoneiros está tão precária que poucos conseguiriam ter acesso ao crédito. Muitos, dizem eles, estão com o nome sujo na praça. Além disso, pegar crédito agora seria decretar a morte dos motoristas em alguns anos..

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Logo após o anúncio da linha de crédito para profissionais autônomos, Wallace Costa Landim, conhecido como Chorão, um dos líderes dos caminhoneiros, disse que a medida agradava a categoria e até poderia evitar a greve, mas esperava uma manifestação de Bolsonaro para bater o martelo sobre a questão. (EC e FP)

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