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Cotidiano
exclusivo. Prefeito de Caraguatatuba, Aguilar Junior conta sobre os desafios à frente da cidade, que comemora 162 anos
19/04/2019 às 01:00
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Prefeito Aguilar Junior: "Eu quero a municipalização [da Rio-Santos] até porque a maior parte dessa rodovia passa no trecho urbano" | /Divulgação/PMC
Como parte das comemorações dos 162 anos de emancipação político-administrativa, comemorado neste sábado (20), Caraguatatuba recebe neste mês o Centro de Referência da Saúde da Mulher. Esse foi um dos assuntos abordados pelo prefeito Aguilar Junior (PMDB) nesta entrevista para a Gazeta. O gestor confirma ainda a implantação da Guarda Civil Municipal.
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Gazeta de S. Paulo - Prefeito, o que Caraguatatuba tem a comemorar neste aniversário?
Aguilar Junior - O povo de Caraguá é ordeiro. São 162 anos de lutas e vimos o quanto se mostrou resiliente. Temos sim muito o que comemorar com inaugurações, entregas de títulos e shows.
GSP - Como está a regularização fundiária?
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AJ - Este ano tivemos de imprimir um ritmo diferente, pois havia muita divergência em relação à legislação ser o ideal seria fazer por lote, quadra ou gleba. Agora temos um consenso e vamos entregar muitos nos próximos meses. Tanto que já entregamos neste mês o título aos 186 moradores do loteamento Coopervap [Cooperativa Habitacional do Vale do Paraíba], no Jardim Casa Branca.
GSP - Como anda o trabalho de drenagem nos bairros mais afetados por
alagamentos?
AJ - A cidade inteira está em obras, do norte ao extremo sul. Já estamos investindo mais de R$ 30 milhões e vamos investir mais R$ 12 milhões até o final de mandato para chegar a 100% da macrodrenagem e começar a microdrenagem em várias regiões. A obra da avenida Brasília é muito importante porque vai ajudar a captar toda aquela água do Tinga, Poiares, Caputera e Gaivotas, na região central, e a do Perequê Mirim, no Sul, uma região que sempre encheu. Também temos a obra do Pontal Santa Marina, de R$ 2 milhões, e que será entregue nos próximos meses.
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GSP - O que a população pode esperar na saúde?
AJ - Neste ano trabalhamos com a ampliação da Casa de Saúde Stella Maris que vai ganhar 54 novos leitos. Na UTI o total passa de 7 para 10, foram mais 10 da ala de psiquiatria. Dessa forma, passaremos de 150 leitos para cerca de 230 com o final da obra que ganha ainda melhorias no seu acesso. Vamos inaugurar ainda neste mês o Centro de Referência da Mulher, que desenhei pessoalmente para atender nossas gestantes. Vamos entregar a UPA da zona sul, cobrindo todas as regiões e também construímos novas UBS para fazer o atendimento básico da população.
GSP - Como está o andamento do Hospital Regional?
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AJ - O governo do Estado garante a entrega da obra física até julho e até o final do ano ele deve começar a funcionar. Acompanhamos de perto essa situação porque este hospital é muito importante para todo o litoral norte.
GSP - Caraguatatuba tem sido uma das cidades mais prejudicadas pelas obras da nova serra da rodovia dos Tamoios. Como a prefeitura tem administrado essa questão?
AJ - Temos conversado com a Dersa e o governo do Estado porque precisamos de uma solução. Sabemos da obra, que vai chover, que se for acima de 100 milímetros em 72 horas vai parar, mas o que vai ser feito para evitar isso? Essa é nossa indagação.
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GSP - Ainda em relação à obra da Tamoios, os comerciantes têm se organizado pra também cobrar uma solução, inclusive com manifestação agendada. Entretanto, a Concessionária Tamoios entrou com ação para evitar esse
movimento.
AJ - Estávamos acompanhando os comerciantes porque não podemos ficar reféns da estrada parada toda vez que chove. Agora, mais do que nunca, a prefeitura é mais uma aliada desse movimento.
GSP - Situação parecida são os contornos que ligam o município a Ubatuba e a São Sebastião.
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AJ - Nesse caso a situação é mais grave porque essas obras estão paradas, abandonadas. Elas dividiram a cidade ao meio. Sofremos com os alagamentos provocados pela falta de drenagem e essa é outra cobrança junto ao governo do Estado.
GSP - Desde que assumiu o senhor manifesta intenção de municipalizar a rodovia Rio-Santos (SP-55).
AJ - Eu quero a municipalização até porque a maior parte dessa rodovia passar no trecho urbano. Temos de fazer a manutenção porque muita coisa deixa de ser feita pelo DER (Departamento de Estradas de Rodagens). Ela está em péssima situação e já falamos com o governo do Estado sobre nossa intenção de administrar, mas ele precisa fazer o recapeamento.
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GSP - A prefeitura ainda pretende implantar a Guarda Civil Municipal?
AJ - Essa é mais uma das nossas metas para este ano. Tanto é que já iniciamos os estudos para a criação da GCM. Uma equipe técnica já trabalha no tema e fará o diagnóstico da quantidade de guardas que será necessária, se a corporação será armada ou não, sobre o treinamento dos servidores e o edital para a realização do concurso público. Também vamos implantar o COI [Centro de Operações Integradas] que vai gerenciar o monitoramento de toda a cidade e repassar informações em tempo real às autoridades policiais. (Mara Cirino)
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