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Cotidiano
Fundação planeja importar 2 milhões de doses prontas da vacina, mas o CEO do laboratório responsável pela fabricação diz que o país não permitirá a exportação
04/01/2021 às 14:34
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Fiocruz planejava receber apenas o insumo farmacêutico e completar a fabricação das doses | /ITAMAR CRISPIM/FIOCRUZ
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) está tentando reverter um possível veto do governo da Índia para a exportação de vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca e pela Universidade de Oxford.
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A fundação está planejando a importação de 2 milhões de doses prontas do imunizante fabricado na Índia. Se for permitida a compra, o calendário de imunização no Brasil poderia ser antecipado para janeiro. Além das doses prontas, a Fiocruz também planeja produzir as próprias doses, mas o primeiro lote só ficaria pronto em fevereiro.
De acordo com dirigentes da Fiocruz, a intenção do laboratório é buscar uma solução diplomática através do Itamaraty e do Ministério da Saúde para permitir a chegada das doses.
A fundação deve pedir o aval para uso emergencial da vacina para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ainda nesta semana. O registro definitivo deverá ser pedido até o dia 15.
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Reunião
Nesta segunda-feira, a agência e a Fiocruz realizaram uma reunião para acertar detalhes sobre esses pedidos. Em nota, a Anvisa disse que ainda aguarda dados mostrando que o produto indiano é semelhante ao fabricado no Reino Unido e que já teve dados clínicos aprovados.
Portanto, se houver diferença entre os produtos, estudos de "comparabilidade" deverão ser realizados para mostrar que ambos são ao menos equivalentes.
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De acordo com integrantes do governo federal, o veto indiano não deve atrasar a discussão sobre uso emergencial.
Segundo o CEO do Instituto Serum da Índia, responsável pela fabricação das doses da AstraZeneca, Adar Poonawalla, o país não permitirá a exportação. "Só podemos dar [as vacinas] ao governo da Índia no momento", disse Poonawalla no domingo (3).
Insumos
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Antes da autorização de importação das 2 milhões de doses, a Fiocruz planejava receber apenas o insumo farmacêutico e completar a fabricação das doses no País.
Por ser tratar de uma importação excepcional, a Anvisa determina que as vacinas fiquem sob a guarda da Fiocruz até que seja dado o registro ou aval de uso emergencial. É o mesmo processo autorizado ao Instituto Butantã, que afirma ter 10,8 milhões de doses de unidades da Coronavac estocadas.
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