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Cotidiano

Hospital de campanha do Pacaembu funciona com 15% da capacidade

A unidade de saúde na zona oeste de São Paulo estava com 30 pacientes na terça-feira; a capacidade é de 200 leitos

Bruno Hoffmann

24/06/2020 às 16:15

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Apesar do baixo número de atendimento, a prefeitura nega 
que haja uma decisão para fechar o hospital do Pacaembu

Apesar do baixo número de atendimento, a prefeitura nega que haja uma decisão para fechar o hospital do Pacaembu | /Suamy Beydoun/Agif/Folhapress

O hospital de campanha do Pacaembu, na zona oeste de São Paulo, estava com 30 pacientes na terça-feira (23), de acordo com o boletim epidemiológico da Prefeitura de São Paulo. O número representa 15% da capacidade da unidade de saúde, que é de 200 leitos de enfermaria.

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Já o hospital de campanha do Anhembi, na zona norte, tinha na mesma data 201 internados, com uma capacidade de quase 900 leitos – que pode ser estendida para até 1.800 leitos caso haja a necessidade.

Apesar do baixo número de atendimento, a prefeitura nega que haja uma decisão para fechar o hospital de campanha do Pacaembu no dia 30 de junho. De acordo com reportagem do “UOL”, médicos e outros profissionais que trabalham no local informaram que as atividades da unidade seriam encerradas no dia 30, próxima terça-feira.

“A Prefeitura de São Paulo esclarece que não há, neste momento, qualquer decisão que envolva o fechamento dos Hospitais Municipais de Campanha do Pacaembu e do Anhembi, unidades fundamentais na estratégia que está garantindo atendimento aos paulistanos e já evitou a perda de pelo menos 30 mil vidas na cidade”, informa a prefeitura, após contato da Gazeta.

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A prefeitura também diz que o comportamento da pandemia na Capital é monitorado diariamente pelo governo municipal, “e todas as medidas necessárias são tomadas com base em dados técnicos e indicadores das autoridades de saúde pública da cidade em total sintonia com o comitê científico do governo do Estado”.

Em entrevista à “Rádio Bandeirantes”, o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido, explicou nesta quarta-feira que é arriscado desativar os hospitais de campanha antes da certeza de que a pandemia está controlada. “Imagina desativar agora e ter uma segunda onda, como aconteceu em um monte de lugar”, disse.

Segundo ele, a cidade tem 250 mil casos suspeitos de Covid-19, e 180 mil pessoas são monitoradas. “Segundo os dados do mundo todo, de 10% a 15% dessas pessoas vão precisar de um leito de UTI. Imagina se tivermos 18 mil casos batendo na porta dos hospitais”.

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A Gazeta questionou a prefeitura sobre quanto a gestão municipal gasta para manter cada leito, mas não recebeu a resposta até o fechamento deste texto.

Reportagem.

Segundo reportagem do “UOL” de segunda-feira (22), um médico que trabalha no local e pediu para não ser identificado informou que parte da equipe que atuava no hospital de campanha do Pacaembu já foi transferida para outras unidades administradas pela OS (Organização Social) do Hospital Israelita Albert Einstein, responsável pela unidade.

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"Já fizeram uma reunião com todo mundo inclusive, agradecendo o empenho de todos e avisando que devido à baixa ocupação, o contrato com a prefeitura não seria renovado”.

"Eu fico até dia 30, que é o último dia previsto de funcionamento, e acho que depois tem um trabalho de desmonte antes de fechar", disse outro profissional de saúde à reportagem. Um terceiro profissional que trabalha no local confirmou que também foi avisado do encerramento no fim do mês.

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