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Cotidiano
'Momento de um pouco mais de cautela até que novas e melhores informações dessa nova variante estejam colocadas' disse o presidente do sindicato dos hospitais
02/12/2021 às 10:39 atualizado em 02/12/2021 às 10:40
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O Brasil registrou nesta quarta (1) os primeiros três casos de infecção pelo coronavírus com a nova variante ômicron, todos em São Paulo | Romeo Campos/Futura Press/Folhapress
O Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (SindHosp) se posicionou nesta quarta-feira (1º) dizendo que é contra a flexibilização do uso de máscaras em locais abertos, prevista para o próximo dia 11, e também contrário à realização do réveillon em espaços abertos.
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O governador João Doria (PSDB) havia anunciado o fim da obrigatoriedade do uso da máscara ao ar livre em dezembro por considerar que os números da pandemia permitiram a flexibilização. Na terça-feira (30), contudo, Doria solicitou estudo científico sobre a medida após a confirmação dos da variante ômicron em São Paulo. O texto conta com informações do G1.
O médico Francisco Balestrin, presidente do SindHosp diz que "Talvez seja um momento de um pouco mais de cautela até que novas e melhores informações dessa nova variante estejam colocadas". A declaração foi feita nesta manhã na coletiva em que a associação apresentou um balanço da pandemia do coronavírus nos hospitais particulares do estado.
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"Ainda dentro desse raciocínio, me parece que seria mais prudente que nós tivéssemos esse réveillon concentrados nas nossas casas, em pequenos grupos, sem nos arriscarmos em um ambiente ainda tão heterogêneo. Como solicitar que dois milhões de pessoas apresentem certificados vacinais?", complementou.
O Brasil registrou nesta quarta (1) os primeiros três casos de infecção pelo coronavírus com a nova variante ômicron, todos em São Paulo. Apesar de não haver muitas informações sobre a ômicron, ministros da Saúde do G7, o grupo dos países mais desenvolvidos, disseram que ela é altamente transmissível e ela já foi definida pela Organização Muncial da Saúde (OMS) como uma "variante de preocupação".
Ainda com relação às comemorações de carnaval, prefeituras de ao menos 11 capitais brasileiras anunciaram cancelamento total ou parcial das festas de réveillon por conta da Covid: Campo Grande, Florianópolis, João Pessoa, Fortaleza, Palmas, Recife, Salvador, São Luís, Brasília, Aracaju e Belém.
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Em São Paulo, a situação ainda é incerta. Antes da confirmação dos casos com a variante, o prefeito Ricardo Nunes (MDB), disse que a festa na avenida Paulista estava mantida.
Mesmo com a preocupação gerada com a chegada da ômicron, os hospitais privados de São Paulo se dizem preparados para uma eventual nova onda da Covid-19 devido ao investimento feito na adesão das pessoas à vacina e na infraestrutura das unidades de saúde.
"Nós não fechamos leitos. Na maior parte dos casos, nós desmobilizamos os leitos que estavam sendo utilizados. Se a reversão tiver que ser feita, ela é possível muito rapidamente", afirmou Francisco Balestrin, presidente do SindHosp, acrescentando que "nada indica ainda que a gente tenha uma onda ou na expectativa de uma onda que aumente os casos de internação".
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"Além disso, existe uma paixão nacional que se chama vacina. Nós já temos praticamente 80% da população brasileira adulta com dois vacinas. Isso é um show do ponto de vista mundial. A gente sai hoje no dia a dia, as pessoas usam máscara, se comportam adequadamente, incorporaram hábitos de higiene sanitária que não tínhamos", finalizou.
Pandemia nos hospitais privados de SP
Uma análise do balanço da pandemia do coronavírus no estado de São Paulo também foi apreentado pelo Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (SindHosp) nesta quarta-feira, com base nos 20 levantamentos que realizou entre maio de 2020 e outubro de 2021 junto às 210 unidades de saúde associadas.
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Problemas que assustaram a população brasileira na pandemia como a indisponibilidade de insumos, tais como oxigênio, medicamentos, EPIs e vacinas foram superados, mas que alguns desafios permanecem, principalmente a falta de recursos humanos - em quase metade dos casos levantados, os hospitais haviam apontado falta de médicos e profissionais, muitas vezes devido à contaminação deles pela Covid.
"Nenhum sistema de saúde está preparado para aquilo que aconteceu em março e abril deste ano porque ele desestrutura: 4 mil mortes diárias, hospitais com 100% dos leitos ocupados, os preços dos insumos sobem, há dificuldade de pessoal e cria-se uma situação de estresse diário. Mas mobilizar uma estrutura neste sentido, com uma capacidade grande de acerto, a rede de hospitais do estado de São Paulo tem toda condição de fazer", disse Dirceu Barbano, ex-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e integrante do Sindicato.
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