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Cotidiano
Apesar de ser um adepto do não-banho, o médico ressaltou que não está dizendo que é certo ou errado, mas que o hábito funcionou para ele
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Com o passar do tempo, o cheiro produzido é um odor próprio, não necessariamente ruim | Reprodução/Instagram
Para alguns o banho é um momento crucial na rotina, mas não para James Hamblin, médico especializado em medicina preventiva e professor na Escola de Saúde Pública da Universidade de Yale.
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Em 2015 ele tomou uma decisão: parar de tomar banho, visando investigar os efeitos da higiene mínima na saúde da pele e no bem-estar geral.
Em 2020, em entrevista à BBC, Hamblin contou que, com o tempo, o corpo fica mais acostumado à falta de banho, a "pessoa não cheira tão mal" e a pele não fica tão oleosa.
Hamblin explica que o processo foi gradativo, no começo passou a usar menos sabonete, xampu e desodorante e, então, reduzir o número de banhos, algo que fazia quase todos os dias. Lavar as mãos com sabão e escovar os dentes, continua fazendo parte de sua rotina.
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O médico contou que por muito tempo pedia para que os amigos o avisassem sobre qualquer tipo de cheiro desagradável. Foi assim que chegou a um ponto em que não produzia o cheiro ruim que estamos acostumados.
Ele ainda afirmou ainda que, com o passar do tempo, o cheiro produzido é um odor próprio, não necessariamente ruim.
Hamblim explicou que, quando diz sobre não tomar banho, está se referindo ao sentido tradicional. Ele ainda se enxágua com água quando precisa ou quando quer, sobretudo quando o cabelo está visivelmente sujo.
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Apesar de ser um adepto do não-banho, o médico ressaltou que não está dizendo que é certo ou errado, mas que o hábito funcionou para ele.
"Mas para aquelas pessoas que tiveram problemas de pele ou que apenas gostariam de tentar, aconselharia a tomar menos banhos. Comece devagar e continue até onde se sentir bem. Você pode começar com banhos mais curtos, menos frequentes, mais frios, com menos sabão", aconselhou.
Hamblin lembrou que a saúde da pele é, na maioria, resultado do estilo de vida, ou seja, como dormimos, o que comemos, nosso nível de estresse, nossa atividade física, que bebidas bebemos, entre outros fatores.
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Outro ponto da pesquisa era compreender melhor como interagimos diariamente com os microorganismos com os quais temos contato.
A presença de microrganismos na pele é como uma primeira barreira contra agentes patológicos e, portanto, é importante para o sistema imunológico.
O professor ainda explicou que, quando lavamos a pele, mudamos essas populações microbianas e ainda não entendemos totalmente se isso é bom ou ruim.
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Historicamente, os micróbios são associados a algo negativo porque estão relacionados a doenças. Mas, nas últimas décadas, pesquisas mostraram que aqueles que são nocivos à saúde são minoria.
*Texto sob supervisão de Diogo Mesquita
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