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Cotidiano

Homem é investigado suspeito de assediar psicólogas em consultas forjadas

De acordo com as denúncias, ele simulava que precisava ser atendido na sessão de terapia online, mas começa a se masturbar na frente das profissionais

Leonardo Sandre

16/09/2022 às 12:42  atualizado em 16/09/2022 às 12:52

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Em São Paulo, uma denúncia coletiva que fez o MP abrir uma investigação do caso

Em São Paulo, uma denúncia coletiva que fez o MP abrir uma investigação do caso | Divulgação Pixabay

O Ministério Público de São Paulo e a Polícia Civil investigam um homem suspeito de ter assediado ao menos 70 psicólogas em consultas forjadas. O texto contém informações do g1.

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De acordo com as denúncias, ele simulava que precisava ser atendido na sessão de terapia online, mas começa a se masturbar na frente das profissionais. 

Em São Paulo, uma denúncia coletiva que fez o MP abrir uma investigação do caso. Um inquérito também foi instaurado na 3ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), no Butantã. 

Um grupo de profissionais afirma que o suspeito teria cometido ao menos 70 vítimas nos últimos dois anos. O MP já ouviu quatro mulheres e deve receber mais informações de outras 16.

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Nas redes sociais, profissionais da área têm compartilhado a notícia e orientado como denunciar. 

"Um homem de 34 anos é acusado do crime de importunação sexual por mais de 70 psicólogas. Há cerca de um ano, o suposto autor das agressões sexuais vem constrangendo dezenas de profissionais, por mensagens de natureza sexual e também durante atendimentos psicológicos realizados online.

Como em todas as situações de assédio sexual, o rapaz deixa as vítimas em situações onde a mesma se questiona se aquilo de fato aconteceu, com sentimentos de medo, vergonha e culpa. O assediador também se vale do direito ao sigilo garantido pelo nosso Código de Ética para continuar agindo com sensação de impunidade.

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Conhece alguma psicóloga que passou por situação semelhante? É só acessar o Comitê de Enfrentamento da Violência Sexual na Prática Profissional."

As denúncias começaram com uma postagem no Instagram de uma das psicólogas, em maio deste ano. 

Ela falava dos cuidados para psicólogas não passarem por situações de assédio e dava como exemplo um print da mensagem do suspeito. 

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Ele havia enviado mensagem para ela em fevereiro deste ano e pedia pra ser atendido naquele mesmo dia (um domingo à noite), online, e pedia para pagar no final da sessão. 

Depois passava a insistir pra fazer uma videochamada para explicar algo e diz que tem uma deficiência física, por isso precisaria do vídeo. Em seguida, ele passou a ligar insistentemente para a profissional. 

Ela pediu que ele preenchesse uma ficha com informações pessoais e mandasse o comprovante de pagamento para, após isso, marcar a consulta. O suspeito, então, começou a ofendê-la. 

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Afirmou que a profissional mostrava o peito em fotos para seduzir e chamou ela de nomes como "vagabunda". 

Ao jornal O Globo, uma outra vítima relatou que foi procurada pelo suspeito em julho de 2021, com as seguintes mensagens: "Você atende on-line?", "Tenho deficiência e me sinto excluído" e "Só recebo dia 20, dá para iniciar antes as sessões?". Ela contou que achou o primeiro contato atípico, mas respondeu do mesmo modo como responde possíveis clientes.

Ela fez duas chamadas de vídeo com ele, mas o suspeito se masturbou enquanto era atendido. 

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"Não foram consultas ou sessões. O agressor simulou ser um paciente para conseguir seu objetivo, que é se masturbar enquanto fala com uma mulher. Percebi que ele estava se masturbando quando começou a relatar questões de cunho sexual, pelas expressões faciais, o pouco que conseguia ver do movimento dos braços, e a fala ofegante. Após isso encerrei a sessão, me sentindo confusa, culpada e enojada", relatou ao O Globo. 

Com medo de ser negligente e acreditando se tratar de uma pessoa em busca de iniciar uma terapia, ela o atendeu uma segunda vez: 

"Dessa já estava atenta caso isso ocorresse mais uma vez. E não demorou para que acontecesse : ele voltou a se masturbar relatando questões de cunho sexual. Após eu apontar o que estava acontecendo e esclarecer que esse não era o papel de uma psicoterapia, ele ficou irritado e encerramos a chamada. Mais tarde, ele ainda insistiu em marcar outra sessão, mas cessamos os contatos", contou. 

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Procurado, o MPSP informou apenas que "as investigações do caso estão em andamento".

 

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