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Cotidiano

Haddad faz aceno à União Brasil, partido de Moro que ameaçou deixar Rodrigo Garcia

O petista afirmou que tem 'amigos de longa data' na União Brasil e que tem falado com alguns dirigentes da sigla

15/06/2022 às 09:53  atualizado em 15/06/2022 às 09:57

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Fernando Haddad, pré-candidato ao Governo de São Paulo pelo PT

Fernando Haddad, pré-candidato ao Governo de São Paulo pelo PT | Reprodução/Facebook

Pré-candidato ao Governo de São Paulo pelo PT, o ex-prefeito Fernando Haddad fez um aceno à União Brasil em meio a ameaças da legenda em abandonar a candidatura do governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, ao Palácio dos Bandeirantes.

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Haddad afirmou que tem "amigos de longa data" na União Brasil e que tem falado com alguns dirigentes da sigla, "os que ficam mais em São Paulo".


"Estou acompanhando os movimentos dos partidos políticos no Brasil inteiro como me cabe acompanhar. Achei interessante o apoio da União Brasil ao Kalil em Minas. Vamos ver como as coisas se reorganizam", disse.


No último dia 9, após a cúpula do PSDB decidir pelo apoio do partido à candidatura da senadora Simone Tebet (MDB-MS) à Presidência, membros da União Brasil e do PP indicaram que podem abandonar o governador Rodrigo Garcia (PSDB) na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes.

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Bivar anunciou a decisão de deixar a aliança pela reeleição do tucano e admitiu apoiar Fernando Haddad (PT) ao governo paulista.


Haddad afirmou, no entanto, que não falou recentemente com Bivar. Mas que, desde as eleições de 2018, aprendeu que é preciso "começar tudo pelo segundo turno".


"Sempre começo pelo segundo turno, porque o Brasil está sofrendo o que está sofrendo porque não houve tempo hábil para fazer negociações necessárias para fazer um segundo turno adequado em 2018", continuou.

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"O primeiro turno pode reservar boas surpresas. Mas o mais importante é ter a certeza que se houver um segundo turno, todas as forças democráticas estarão no mesmo lado."


A União Brasil é a fusão dos antigos DEM e PSL –partido pelo qual Jair Bolsonaro foi eleito presidente da República em 2018.


A legenda detém o maior fundo eleitoral e tempo de televisão entre os partidos. Somando os fundos eleitoral e partidário, dispõe de quase R$ 1 bilhão no país.

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O petista lançou na noite desta terça (14) uma plataforma digital que irá reunir sugestões para o seu plano de governo.


O projeto é coordenado pelo deputado estadual Emidio de Souza (PT). Intitulado Plataforma FalaSp.com, o site vai receber sugestões para 28 áreas do governo. Moradores do interior e do litoral paulista poderão fazer propostas regionais.


Estiveram presentes nomes como a ex-ministra Tereza Campello, o economista Gabriel Galípolo, o ex-deputado Gabriel Chalita, o ex-secretário municipal da Cultura de SP Alê Youssef, o cantor Paulo Miklos, a cantora Tulipa Ruiz, as cineastas Laís Bodanzky e Tata Amaral, os deputados Emídio de Souza, Paulo Fiorilo e o vereador Eduardo Suplicy.

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Também compareceram representantes de movimentos sociais e de partidos políticos como a Rede Sustentabilidade, o PSOL e o PC do B.


Haddad disse também que vê com "muita tranquilidade" o impasse na disputa do PT e PSB ao Palácio dos Bandeirantes e que está "muito sereno" em relação a qualquer desfecho. Enquanto o PT defende o nome de Haddad, o PSB tem como pré-candidato o ex-governador Márcio França, que afirma que manterá sua candidatura.


"Apesar do Márcio estar mantendo a sua candidatura, ele está respeitando o acordo nacional, o que para nós é o mais importante. Seria honroso contar com o apoio do PSB em São Paulo, mas o fato de nós dois estarmos apoiando Lula e Alckmin é o fato mais importante da eleição", diz.

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Haddad afirmou ainda que França tem "todo o direito em manter sua candidatura", que que isso será respeitado e que, mesmo com a manutenção dos dois nomes na disputa há "a certeza" de que qualquer um que for ao segundo turno terá o apoio do outro.


Líder nas pesquisas de intenção de voto, o petista disse ainda que, o importante, é a questão nacional, que a aliança nacional está muito consolidada e que há a convicção de que a chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) "é a que vai receber o apoio entusiasmado de todos os democratas do país".


Segundo ele, o momento é o de "virar essa página de discórdia e conflito permanente que o Bolsonaro representa no país".

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"Ninguém suporta mais. Toda semana é uma tensão nova. Agora essa vergonha que aconteceu na Amazônia. O presidente é uma espécie de líder de milícias, de quadrilhas. Ele estimula violência por onde passa."

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