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Haddad e Rodrigo Garcia enfrentam pressão de campanha e aliados para definir vices

O desejo tanto de Haddad quanto de Rodrigo é apresentar mulheres com certa representatividade política e social

14/07/2022 às 09:55  atualizado em 14/07/2022 às 09:57

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Fernando Haddad, pré-candidato ao Governo de São Paulo pelo PT

Fernando Haddad, pré-candidato ao Governo de São Paulo pelo PT | Reprodução/Facebook

A três semanas para o fim do prazo da inscrição da chapa, o pré-candidato Fernando Haddad (PT) e o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), se deparam com dificuldades para definir seus vices na corrida ao Palácio dos Bandeirantes.

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O desejo tanto de Haddad quanto de Rodrigo é apresentar mulheres com certa representatividade política e social em meio à escalada do debate sobre desigualdade de gênero no país e feminicídio.


O estado de São Paulo nunca teve uma mulher na função.


A presença de uma vice tende a ser explorada ao longo da campanha como um contraponto ao bolsonarista Tarcísio de Freitas (Republicanos), que oficializou a presença de Felicio Ramuth (PSD) e está empatado com Rodrigo em segundo lugar (ambos com 13%, segundo a última pesquisa Datafolha, contra 34% de Haddad).

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No entanto, siglas aliadas tanto ao PSDB quanto ao PT fazem pressão para emplacar um dos seus representantes.
No caso de Rodrigo, o MDB e a União Brasil brigam pelo seu quinhão, enquanto a equipe de campanha avalia três nomes no momento.


São elas: a senadora Mara Gabrilli e a deputada federal (licenciada) Bruna Furlan, ambas do PSDB, e Gabriela Manssur, promotora de Justiça, filiada ao MDB e criadora do projeto Justiceiras, que auxilia mulheres vítimas de violência e oferece atendimentos nas áreas médica, psicológica, social e jurídica.


A reportagem apurou que o presidenciável Luciano Bivar, chefe da União Brasil, ameaça até desistir de apoiar Rodrigo caso o vice não seja da sua claque. A sigla confirmou o seu apoio ao tucano, mas a convenção do PSDB em São Paulo será no dia 30 de julho.

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O recado de Bivar deixou os tucanos preocupados. Com a União Brasil, o governador obtém larga vantagem no tempo de TV. A sigla, resultante da fusão entre PSL e DEM, é a maior do país em número de deputados e, portanto, em tempo de TV e fundo eleitoral.


Internamente, nem mesmo a União Brasil chegou a um consenso sobre quem indicar.


Como mostrou a coluna Painel, da Folha de S.Paulo, nesta segunda (11), Bivar aposta no economista Marcos Cintra, e uma ala egressa do DEM sugere o médico Claudio Lottenberg, presidente da Conib (Confederação Israelita do Brasil) e do Conselho do Hospital Albert Einstein.

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Por outro lado, o MDB recobra um acordo feito entre Rodrigo e o então prefeito de São Paulo Bruno Covas (PSDB), que morreu em maio de 2021.


Apostando nesse acerto, Edson Aparecido, secretário municipal durante os dois primeiros anos da Covid-19, pediu exoneração em abril deste ano e já tinha se filiado ao MDB com a intenção de ser o vice de Rodrigo. O convite não veio.


Para escapar do MDB, Rodrigo insiste que o acordo foi feito com Covas, que apontaria um nome que não colocaria barreiras à sua intenção de disputar o Governo de SP em 2026. Sucessor de João Doria desde abril deste ano, Rodrigo, se reeleito, terá só o próximo mandato.

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Acuado, Rodrigo tenta ganhar tempo e disse, nesta quarta-feira (13), que tem até o dia 5 de agosto para oficializar a apresentação da chapa no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) –isto é, depois da convenção do PSDB, no dia 30.


"Tenho convicção de que vamos chegar num entendimento não sobre qual partido vai ocupar tal vaga, mas quais nomes esses partidos vão apresentar. Seja para candidato a vice e ao Senado", afirmou o tucano. "Do meu lado não tem briga, tem debate e divergências naturais, montamos um amplo arco."


Líder nas pesquisas, Haddad convive entre uma possível frustração e os anseios de PSB e PSOL.

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O sonho do petista é o de compor com Marina Silva (Rede), ministra no governo Lula. A Rede, porém, calcula que o papel mais estratégico de Marina será escalar o Congresso e encabeçar a defesa de pautas ambientais.


O PSOL ofereceu o seu presidente, Juliano Medeiros, para ser o vice Haddad. Antes de fechar com o PT, a sigla reivindica uma representatividade compatível com o tamanho de sua bancada, e explora o fato de Márcio França (PSB) ter ficado com uma das vagas ao Senado.


Uma ala do PT considera que Haddad deve recorrer a um vice próximo ao centro, algo semelhante à dobradinha de Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin no pleito nacional.

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Para Jilmar Tatto, secretário de comunicação do PT e coordenador da campanha de Haddad, o PSB é o aliado com mais nomes próximos ao centro.


Entre as opções ventiladas pelo PSB estão a médica Marianne Pinotti, secretária da Pessoa com Deficiência enquanto Haddad foi prefeito de São Paulo, e Jonas Donizette, ex-prefeito de Campinas.


"Eles [Marianne e Donizette] não representam a cota do PSB, entrariam por causa deste perfil que buscamos", disse Tatto.

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