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Cotidiano

Haddad defende corte de gastos tributários em audiência na Câmara

De acordo com o ministro, esses gastos somados aos R$ 600 bilhões em gastos tributários deveriam estar na mira do Congresso para ver onde é possível cortar

Leonardo Sandre

17/05/2023 às 13:11  atualizado em 17/05/2023 às 13:22

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT) | José Cruz/Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), disse que um gasto orçamentário importante para a trajetória é o relacionado às taxas reais de juros e defendeu que o Congresso olhe para os gastos tributários em buscas de cortes.

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"As estimativas são de R$ 740 bilhões [estimado para 2023]. Vejam que curiosidade, gasto tributário injustificado aumenta o juro real. É o desequilíbrio das contas públicas promovido pelo gasto tributário injustificado que faz com que o BC suba os juros pela insustentabilidade da dívida pública", avaliou em audiência realizada nesta quarta (17) na Câmara dos Deputados.

De acordo com o ministro, esses gastos somados aos R$ 600 bilhões em gastos tributários deveriam estar na mira do Congresso para ver onde é possível cortar.

O gasto tributário injustificado está sendo cortado e isso que permitirá o equilíbrio orçamentário e redução de juro", opinou.
Haddad fez as ponderações em resposta a questionamentos de deputados de oposição em relação ao BC (Banco Central) e às críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao presidente do BC, Roberto Campos Neto.

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"Grandes empresários estão fazendo esse debate, será que estão desrespeitando a autonomia do banco? Não, estão ponderando sobre a realidade concreta do empresário, trabalhador. Democracia é isso, poder falar, emitir opinião", disse Haddad.

Ele afirmou ainda que os juros chegaram a 13,75% por causa dos gastos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na eleição e que o governo do PT começou a corrigir a "confusão fiscal"

Assim, prosseguiu Haddad, haveria na sua opinião "com medidas tomadas até aqui tem espaço para gesto de mais confiança sem percalço para a inflação. Isso não deveria ofender ninguém".

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