A+

A-

Alternar Contraste

Quinta, 19 Setembro 2024

Buscar no Site

x

Entre em nosso grupo

2

WhatsApp
Home Seta

Cotidiano

Guedes diz que vitória de Lula traz o risco de Bolsonaro voltar em 2026

Declaração ocorreu após o ministro ser questionado sobre sua avaliação do Congresso recém-eleito

Maria Eduarda Guimarães

27/10/2022 às 14:29  atualizado em 27/10/2022 às 14:34

Continua depois da publicidade

Compartilhe:

Facebook Twitter WhatsApp Telegram
O ministro da Economia, Paulo Guedes

O ministro da Economia, Paulo Guedes | Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quinta-feira (27) que uma eventual vitória de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições deste ano garantiria que o pleito de 2026 seja pacificado, já que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) provavelmente não concorreria e o atual presidente não poderia disputar um terceiro mandato.

Continua depois da publicidade

Em videoconferência ao canal no Youtube da Suno Research, Guedes sugeriu que o chefe do Executivo ajuda a criar um clima de polarização no país e que, caso Lula saia vencedor no segundo turno, Bolsonaro voltaria nas próximas eleições para disputar com ele-renovando o risco de continuar com a divisão política.

A declaração ocorreu após o ministro ser questionado sobre sua avaliação do Congresso recém-eleito. Guedes apontou que a centro-direita conquistou a maioria das vagas, o que sinalizaria uma transição para acabar com "essa gritaria, essa barulheira".

"Se Bolsonaro ganhar esta eleição, o Lula se aposenta. O Bolsonaro não será reeleito, porque terá feito dois mandatos, então a próxima eleição já será uma eleição de centro, pacificada. Vai ser o Tarcísio, o Ratinho Junior, o Zema, e acabou a polarização no Brasil", disse.

Continua depois da publicidade

Em seguida, o ministro acrescentou que, caso o petista vença o pleito, precisaria lidar com um Congresso de centro-direita que lhe traria dificuldades. "E depois o Bolsonaro volta, para competir com Lula de novo. Então acho que quem quer sossego, quem quer paz agora, tem que dizer 'olha, a esquerda já ficou [para trás]."

A três dias do segundo turno, Guedes adotou tom de campanha durante a entrevista, exaltando os feitos de sua gestão e atacando o adversário de Jair Bolsonaro. O ministro chamou uma eventual vitória de Lula de "hipótese perversa", dizendo que se o petista ganhar vai abalar o caminho da prosperidade que o governo estaria deixando preparado para os próximos anos.

Guedes ainda acusou Lula de querer acabar com o Auxílio Brasil. "Tem um programa que foi escrito por alguns dos economistas do outro candidato, onde está escrito que eles vão substituir o Auxílio Brasil. Vai acabar e entrar outros dois programas. Isso tem que explicar para a sociedade", disse, sem detalhar a qual documento com diretriz econômica estava se referindo.

Continua depois da publicidade

No programa protocolado pela candidatura petista no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), não há menção ao termo Auxílio Brasil. O documento diz que apenas que um programa Bolsa Família renovado e ampliado precisa ser implantado, o qual "viabilizará a transição por etapas, no rumo de um sistema universal e uma renda básica de cidadania".

O ministro também afirmou que a prioridade absoluta do governo é garantir o pagamento do Auxílio Brasil de R$ 600 em 2023, defendendo a taxação de lucros e dividendos para financiar a medida. O atual valor ampliado do benefício está garantido apenas até dezembro, retornando a R$ 400 em janeiro.

O ministro estimou que a arrecadação com o novo tributo será de R$ 69 bilhões ao ano, valor que, segundo ele, seria suficiente para bancar o programa social, que teria custo adicional de aproximadamente R$ 52 bilhões em 2023.

Continua depois da publicidade

Na entrevista desta quinta, Guedes voltou a dizer que não haverá alteração na regra de reajuste do salário mínimo. Na última quarta-feira (19), a Folha de S.Paulo revelou o plano do Ministério da Economia de deixar de corrigir o salário mínimo e a aposentadoria pela inflação passada.

O chefe da pasta econômica disse que seus adversários inventam fake news e prometeu que o salário mínimo, as aposentadorias e os salários dos servidores serão reajustados acima da inflação.

Para Guedes, 'juiz' do Supremo que prende pessoas está se excedendo Durante a entrevista, o ministro reclamou de ataques que o governo teria sofrido nos últimos quatro anos. Após ponderar que confia nas instituições democráticas, ele disse acreditar que alguns agentes se excedem e descredenciam as instituições.

Continua depois da publicidade

"Quando um deputado ataca outra instituição, ameaça fisicamente, ele está descredenciando o Congresso. Cabe ao Congresso limitá-lo. Quando um juiz do Supremo sai também e prende pessoas, também está se excedendo. Cabe ao próprio Supremo conversar com ele e amansar, justamente para não colocar sob ameaça as instituições", afirmou.

Embora não tenha citado nominalmente Alexandre de Moraes, a fala repete o argumento usado para criticar a atuação do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) diante do inquérito das milícias digitais.

A declaração também ocorre num momento em que Bolsonaro tem reforçado ataques ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), atualmente presidido por Moraes.

Continua depois da publicidade

Continua depois da publicidade

Continua depois da publicidade

Conteúdos Recomendados