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Cotidiano
Voluntários deverão realizar viagem em julho com destino a Lacroix, uma pequena comunidade que conta com milhares de habitantes
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A equipe em questão trata de um grupo de voluntários da Organização Não Governamental (ONG) Haiti Sorria | Divulgação
Organizados e inspirados por alguém que viveu e sabe como é a rotina de milhares de homens e mulheres haitianos, um grupo de voluntários da Baixada Santista se prepara, e vem reunindo arrecadações, para poder partir em julho com destino ao Haiti, onde eles esperam levar ajuda humanitária e tratamento odontológico para centenas de pessoas.
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A equipe em questão trata de um grupo de voluntários da Organização Não Governamental (ONG) Haiti Sorria. A expectativa deste pessoal é de que ao menos seis profissionais sejam enviados ao país pertencente ao Caribe, na América Central, durante o início do segundo semestre de 2022.
“Eu sou natural do Haiti, nasci lá, aonde, até hoje, meus pais, minha mãe, meus irmãos estão. Em 2010 houve aquele terremoto no Haiti como vocês já sabem, que matou milhares de pessoas e na sequência passa um tsunami e aquele tsunami devastou a nossa cidade e a pobreza aumentou. Eu sou o único dessa cidade que saiu e que está no Brasil, cheguei em 2013 e comecei a fazer vários cursos, mas eu sempre tive o propósito de ajudar essa comunidade no Haiti, mas o curso que eu fiz não ia corresponder com a grande quantidade das pessoas, não ia atender, porque fiz curso de mecânica de refrigeração, elétrica e pintura”, afirma Raynold Louima, que hoje tem 33 anos.
Durante todo este período em que vem morando no Brasil, ele adquiriu nacionalidade brasileira e foi conhecendo pessoas aqui da Baixada Santista com as quais fez amizade e começou a comentar sobre a situação de seu país.
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“Em 2019 segui com vontade de cursar um curso para poder ajudar a comunidade, para poder, não somente ajudar a comunidade, mas aonde tiver dificuldade na questão de higiene e da saúde. Eu fiz odontologia, entrei na faculdade Unisanta em 2019, e hoje eu estou no 4º ano. No final de 2020 eu estive no Haiti, visitando meus pais, e quando eu cheguei lá as coisas tinham piorado muito, estava muito difícil mesmo e aí surgiu a ideia de conversar um pouquinho com o povo do que aprendi na faculdade sobre a questão de escovação, higiene bucal para eles. Foi muito bom e prometi que voltaria, mas voltaria com um grupo de dentistas, um grupo de pessoas que poderia nos ajudar, auxiliar nessa questão de restauração de dentes porque muitas crianças de 10, 11 anos perderam dentes permanentes já”.
“Fui na faculdade e conversei com minha coordenadora, a doutora Rosângela, depois com os professores e surgiu a ideia de montar um grupo um grupo e fiz um trabalho incansável. Conversei no meu trabalho, com meus clientes, fui falando, perguntando quem queria ajudar no projeto. Uma das pessoas sugeriu fazer a própria festa de aniversário em benefício do nosso trabalho que se tornou na ONG Haiti Sorria”.
Com o apoio do professor Mário Sérgio Sandoval, que faleceu poucos meses após começar a ajudar o grupo, e a quem eles agora dedicam o projeto, Raynold e os outros voluntários começaram a reunir recursos e estão mais próximos de poder realizar a viagem ao Haiti, que está marcada para ocorrer no dia 18 de julho e tem retorno previsto para 27 de julho.
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A equipe já conseguiu uma parte do valor em arrecadações e rifas, e agora busca por um apoio financeiro de R$ 20 mil. Para conseguir esse financiamento, fizeram uma nova vaquinha on-line, e contam com ajuda de pessoas e empresários da região.
“Nós conseguimos comprar uma cadeira de dentista portátil que a gente vai levar do Brasil para lá e nós já temos um espaço dentro de uma igreja grande e a gente também tem um local para descartar os materiais que usarmos. Nós temos pouca coisa de estrutura, somente uma cadeira só, então um dentista vai trabalhar mesmo, um outro profissional vai auxiliar, e a outra vai fazer palestras, ou seja, vai ensinar a população a como escovar os dentes e as técnicas”.
A princípio, Raynold antecipa que o projeto deverá beneficiar mais de 400 haitianos e a ajuda se estenderá à parte alimentícia.
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“A fome é grande no Haiti e a gente está fazendo uma vaquinha para poder arrecadar dinheiro pra poder comprar alimento lá. Não dá para levar o alimento do Brasil porque o trajeto não é direto pro Haiti, o trajeto para na República Dominicana, então vai ser um pouquinho difícil pra a gente transportar o alimento. Precisamos da parte financeira mesmo para poder comprar alimentos lá e a gente vai dar assistência odontológica pra eles e também mandar cozinhar comida”, conclui.
Para quem quiser ajudar a ONG Haiti Sorria, é possível efetuar uma doação por intermédio do seguinte link: https://www.vakinha.com.br/2863332.
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