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Cotidiano
A paralisação atinge milhares de passageiros que dependem do transporte coletivo da cidade
14/06/2022 às 09:04 atualizado em 14/06/2022 às 09:44
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Motoristas e cobradores entram em greve em SP | Reprodução/TV Globo
Motoristas e cobradores de ônibus de São Paulo começaram na madrugada desta terça-feira (14) uma paralisação de 24 horas após não conseguirem acordo em reunião de conciliação no TRT (Tribunal Regional do Trabalho) entre o SindMotoristas (Sindicato dos Motoristas e Cobradores de São Paulo) e o SPUrbanuss (Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo).
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Segundo a SPTrans, durante a madrugada apenas 46 linhas noturnas das 150 existentes operaram normalmente. A paralisação atingiu 15 empresas que atuam no transporte coletivo da cidade.
A partir das 4h, a operação em todas as garagens dos grupos estrutural e de articulação regional foi interrompida. O grupo local de distribuição não foi afetado.
O rodízio de veículos está suspenso nesta terça. Placas com final 3 e 4 podem circular normalmente.
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No Terminal Grajaú, na zona sul da capital, manifestantes usaram dois ônibus para interromper temporariamente o fluxo de veículos.
Com data-base em 1º de maio, as negociações salariais dos trabalhadores em transporte rodoviário de São Paulo começaram em março. A proposta do SindMotoristas é um reajuste salarial de 12,47%, referente ao índice do INPC/IBGE, entre outras reivindicações, como 100% das horas extras, fim da hora de almoço não remunerada e pagamento PLR (participação nos lucros e resultados), mas não houve concordância.
"A princípio o setor patronal insistiu em oferecer apenas 10% de reajuste e ainda de modo parcelado. Agora, ofereceram os 12,47%, mas apenas a partir de outubro, o que é inadmissível", declarou o presidente em exercício do sindicato, Valmir Santana da Paz, o Sorriso.
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A SPTrans obteve decisão liminar na Justiça do Trabalho, no dia 31 de maio, que determina a manutenção de 80% da frota operando nos horários de pico e 60% nos demais horários. A multa diária para o caso de desobediência é de R$ 50 mil.
A SPTrans vai pedir à Justiça a cobrança da multa, além de autuar as empresas pelo não cumprimento das viagens obrigatórias.
"A Prefeitura de São Paulo, por meio da SPTrans, lamenta a paralisação de linhas de ônibus municipais e espera que trabalhadores e empresários cheguem em breve a um acordo para que a população de São Paulo não seja ainda mais penalizada", diz nota da empresa.
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Além da greve dos motoristas de ônibus, os passageiros enfrentam nesta manhã lentidão nas linhas 1-Azul e 3-Vermelha do metrô.
Empresas com a operação paralisada em suas garagens
Empresas operando normalmente
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Metrô com operação especial
Devido à greve dos motoristas e cobradores de ônibus municipais que afeta o transporte público nesta terça-feira (14), a Secretaria de Transportes Metropolitanos (STM) informou que vai trabalhaar com oferta máxima de trens do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).
"Metrô, CPTM, ViaQuatro e ViaMobilidade estarão com trens reservas em condições operacionais em todas as linhas para o atendimento à demanda", disse a pasta em comunicado. Dessa forma, a operação ocorrerá durante todo o dia nos moldes da operação realizada em horários de pico.
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Por volta das 9:30 desta terça, o site do Metrô de SP informava que as linhas apresentavam operação normal. Mesmo assim, passageiros reclamavam de trens lotados e atrasos na chegada das composições.
Site do Metrô de SP informa que linhas operavam normalmente às 9:31am desta terça. Foto: Reprodução
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Já no Twitter, a própria companhia que opera o metrô paulista informava que a circulação de trens ainda estava sendo normalizada.
Perfil oficial do Metrô de SP informa que linhas 1 e 3 apresentam problemas. Foto: Reprodução
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A EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo) diz que, se necessário, pode prestar apoio à São Paulo Transporte (SpTrans) com ônibus gratuitos disponibilizados ppor meio do Plano de Atendimento entre Empresas de Transporte em Situação de Emergência (Paese).
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