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Cotidiano

Governo muda nome da estação Vila Sônia em homenagem à professora morta em escola

Estação passa a se chamar Estação Vila Sônia - Professora Elisabeth Tenreiro

Maria Eduarda Guimarães

15/04/2023 às 12:40

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Professora foi morta a facadas por uma aluno de 13 anos na Escola Estadual Thomazia Montoro, na zona oeste de São Paulo, no dia 27 do mês passado

Professora foi morta a facadas por uma aluno de 13 anos na Escola Estadual Thomazia Montoro, na zona oeste de São Paulo, no dia 27 do mês passado | Fernando Frazão/Agência Brasil

O governo paulista vai mudar o nome da estação Vila Sônia, da linha 4-amarela do metrô, para homenagear a professora Elisabeth Tenreiro, 71. Ela foi morta a facadas por uma aluno de 13 anos na Escola Estadual Thomazia Montoro, na zona oeste de São Paulo, no dia 27 do mês passado.

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A estação passa a se chamar Estação Vila Sônia - Professora Elisabeth Tenreiro. A medida consta do Diário Oficial deste sábado (15). Porém não há prazo para que a concessionária responsável por administrar a linha mude o nome da estação.

A estação Vila Sônia é a mais próxima do colégio que foi alvo do ataque. Na última segunda (10), as aulas foram retomadas na escola depois de duas semanas de recesso. Outras cinco pessoas também foram feridas no ataque.

Câmeras de segurança registraram o episódio. O adolescente usava uma máscara de caveira, entrou correndo na sala de aula e parte para cima de Elisabeth, que estava em pé.

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A docente, que não percebeu a aproximação do aluno, foi atingida nas costas e caiu no chão. Em desespero, alunos tentaram sair da sala, e alguns foram atacados pelo estudante.

Um segundo vídeo mostra o adolescente atingindo outra professora. Ele desfere vários golpes na mulher, que está em pé e tenta se proteger com os braços. Duas mulheres entram na sala, e uma delas consegue imobilizar o adolescente, enquanto a outra retira a faca das mãos dele.

A Justiça determinou a internação provisória do autor do crime. Ao longo de um mês, sinais que apontavam para uma tragédia iminente ficaram registrados num boletim de ocorrência, no seu atendimento por serviços de saúde mental, em mensagens na internet e brigas na escola.

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Exatamente um mês antes do ataque, a Promotoria de Justiça de Taboão da Serra recebeu um ofício relatando o comportamento do aluno, que estudava então na escola estadual José Roberto Pacheco, em Taboão da Serra, na Grande São Paulo.

No dia 28 de fevereiro, uma funcionária da escola de Taboão da Serra fez um boletim de ocorrência relatando comportamento suspeito e ameaças a alunos, com fotos do agressor portando uma arma.

O documento foi encaminhado ao 1º Distrito Policial da cidade, que chama testemunhas para depor e notifica a Vara da Infância e Juventude e o Conselho Tutelar do Município.

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No mesmo dia, a escola enviou um email para o CAPSi (Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil) solicitando acolhimento do adolescente. A unidade disponibilizou um técnico para o atendimento, mas mãe e filho não comparecem.

No dia 1º de março, o pai do adolescente pede a transferência dele para outra escola.

Cinco dias depois, o aluno retorna à Escola Estadual Thomazia Montoro. Ele já havia estudado lá até 2021, foi para a escola de Taboão da Serra e agora voltava à unidade da capital paulista. Na mesma data, a família informa ao Conselho Tutelar, que acompanhava o caso, que havia se mudado para o município de São Paulo.

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Assim, com a mudança de domicílio, a competência para acompanhamento do caso sai de Taboão da Serra, passando para a capital, para onde o procedimento instaurado na Promotoria de Justiça é encaminhado.

No dia 9 de março, mãe e filho foram avaliados pela equipe multiprofissional de saúde mental do CAPSi. Após a avaliação, a equipe percebe a necessidade para consulta com psiquiatra. Esse atendimento é agendado para o dia seguinte, mas a mãe e o jovem não vão à consulta.

No dia 17 de março, uma equipe do Conselho Tutelar entrou em contato com o jovem e a família. A mãe disse ter compromissos profissionais. Na mesma semana, o serviço entrou em contato com a família e realiza um novo agendamento.

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Menos de 20 dias após voltar à antiga escola, o adolescente se envolveu em ao menos uma agressão e uma briga.

Na quinta-feira (23), ele deu um soco no rosto de um aluno dois anos mais novo. Chamado pela direção da escola, ele diz que estava "com raiva e precisava desestressar".

Na sexta (24), ele brigou com um colega da sala, é foi apartado por outros alunos e pela professora Elisabeth Tenreiro, 71. O autor dos ataques teria feito ofensas racistas a um colega de sala, dando início à briga. Ele afirmou que ia "ter volta".

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No dia do ataque, estava agendada uma reunião entre a diretora da unidade e o estudante citado para abordar o desentendimento dele com um colega ocorrido na semana anterior.

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