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Cotidiano
Novo sistema de vigilância tem como objetivo a identificação laboratorial de supostos casos de intoxicação por drogas K em São Paulo
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Esta segunda avaliação tem como objetivo identificar quais são os tipos de canabinoide sintético que estão sendo utilizados pelos pacientes | Jornal Nacional/ Reprodução
O Governo de São Paulo implantou uma testagem toxicológica para detectar e monitorar o uso de canabinoides sintéticos entre pacientes que buscam o HUB de Cuidados em Crack e outras Drogas, da Secretaria Estadual de Saúde. A nova estratégia para identificação laboratorial de supostos casos de intoxicação por drogas K começou nas últimas semanas.
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A partir de agora, casos que antes eram tratados apenas através de diagnósticos clínicos poderão ser confirmados futuramente por exames rápidos.
Em maio, a equipe de especialistas que trabalha no HUB concluiu a coleta de amostras de cabelo de pacientes que relataram o uso de canabinoides sintéticos.
“A análise das amostras para o rastreamento toxicológico encontra-se em andamento e permitirá a confirmação sobre qual - ou quais – tipos de canabinóides sintéticos estão sendo usados para garantir um melhor atendimento”, afirmou Quirino Cordeiro, diretor da unidade, em entrevista ao portal do G1.
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Canabinoides sintéticos - conhecidas nas ruas como K2, K4, K9 e Spice - estão no grupo de novas Substâncias Psicoativas (NSP), são produzidas em laboratório e podem ter efeitos piores do que o crack.
O diretor do HUB disse que a ideia, a partir da obtenção desses dados sistematizados, é avaliar a evolução do consumo das substâncias, preparar de maneira mais apropriada o serviço para atender essa população e também auxiliar políticas públicas. “Além de ajudar também as forças de segurança pública em ações de redução de oferta dessas drogas.”
Como funciona
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Quirino explicou que o sistema de vigilância epidemiológica é composto por dois tipos de monitoramento:
- O primeiro é uma avaliação clínica sistematizada dos pacientes. De acordo com essa avaliação, 13,9% dos pacientes que procuram o serviço apresentam histórico de uso dos canabinoides sintéticos;
- O paciente é então encaminhado para outra avaliação realizada nesse sistema de vigilância epidemiológica, que é composto por um estudo de amostras de cabelo dos pacientes que frequentam o serviço.
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Esta segunda avaliação tem como objetivo identificar quais são os tipos de canabinoide sintético que estão sendo utilizados pelos pacientes.
Casos suspeitos de intoxicação por drogas K dobram na Capital
Dados da Secretaria Municipal da Saúde mostram que o número de casos suspeitos de intoxicação por drogas K na cidade de São Paulo dobrou nos últimos 45 dias.
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De janeiro a abril deste ano, foram notificados 216 casos de intoxicação exógena por canabinóide sintético, o nome técnico da droga. De maio até começo de junho, as notificações, que foram registradas tanto na rede pública quanto na privada, saltaram para 411.
O aumento é três vezes maior se for comparado com o computado em todo o ano passado, 98 casos.
Mortes por sintéticos
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Por se tratar de uma droga recente, ainda não há um método para identificar a causa mortis por sintéticos. Diferentemente do exame laboratorial, identificar a causa mortis por canabinoides sintéticos envolve métodos ainda mais complexos.
Mesmo numa situação que envolve drogas clássicas, como a cocaína, por exemplo, o corpo precisa ser submetido a uma série de exames para determinar, com a maior precisão possível, as circunstâncias da morte.
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