Governo de SP cria plano para diminuir animais atropelados em rodovias

A Companhia Ambiental do Estado (Cetesb) está à frente de projeto em parceria com órgãos do governo paulista, para reduzir a quantidade de animais atropelados em rodovias. O Plano de Mitigação de Atropelamento de Fauna em Rodovias, foi definido depois de quase três anos de discussões e consulta pública.

O projeto em parceria com a Agência de Transporte do Estado de São Paulo, do Ministério Público, representantes de rodovias e de especialistas em biodiversidade conta com quase 70 páginas, documento que foi apresentado nesta segunda-feira (24).

Atualmente, cerca de 30 mil animais, entre domésticos, selvagens e silvestres, são atropelados por ano nas estradas que cortam o estado de São Paulo.

Fases do projeto

As diretrizes são divididas em sete itens. Um deles diz que os gestores de rodovias terão de dar destino aos animais, estejam eles íntegros, feridos ou mortos. Confira as fases do projeto estabelecido:

• Inventário de atropelamento de fauna silvestre;
• Atropelamento de fauna na rodovia;
• Travessia de fauna em Unidade de Conservação de Proteção Integral;
• Destinação de animais removidos nas rodovias;
• Monitoramento;
• Cronograma;
• Anexos.

Como deve funcionar

Uma das fases do processo é o inventário, que tem como objetivo apontar os tipos de animais silvestres atropelados nas rodovias, checar onde ocorrem mais casos e propor medidas que reduzam a chance de atropelamento.

O projeto não contempla apenas o asfalto, mas também o entorno da estrada, que acaba direcionando o animal para a pista. E devem ser indicados os procedimentos a serem adotados para a remoção de animais feridos ou mortos.

Após isso, os responsáveis pelas estradas terão que implantar estruturas de proteção, como passagens subterrâneas e aéreas para animais em pontos críticos das vias, além de compor a sinalização de alerta aos motoristas, sonorizadores e redutores de velocidade.

O plano estabelece também a promoção de campanhas de educação ambiental e parcerias institucionais com prefeituras e ONGs.

Os novos projetos de estradas devem ter a aprovação do licenciamento ambiental, que irá avaliar medidas de proteção da fauna.

*Texto sob supervisão de Lara Madeira