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Cotidiano
Prefeitura de SP dará ajuda técnica e financeira para vacina contra drogas que está sendo desenvolvida por universidade mineira
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Região da cracolândia, em São Paulo | Danilo Verpa/Folhapress
A Prefeitura de São Paulo firmou uma parceria com os pesquisadores que desenvolveram a vacina Calixcoca, idealizada para produzir anticorpos anticocaína no organismo. O imunizante é desenvolvido pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
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O acordo foi sacramentado em reunião na sede da prefeitura, na manhã desta quinta-feira, entre o professor e pesquisador da UFMG, Frederico Garcia, responsável pela pesquisa da vacina que combate a dependência ao crack e à cocaína, e os secretários municipais Luiz Carlos Zamarco (Saúde) e Edson Aparecido (Governo), além do chefe de gabinete da gestão municipal, Vitor Sampaio, e o coordenador da Vigilância em Saúde, Luiz Artur Caldeira.
“O prefeito Ricardo Nunes determinou apoio irrestrito, tanto técnico como financeiro, para viabilizar e acelerar as próximas fases da vacina, que poderão custar, inicialmente, R$ 4 milhões”, disse Vitor Sampaio.
De acordo com a prefeitura, a vacina já se mostrou capaz de bloquear o efeito das substâncias ativas das drogas na fase pré-clínica de testes com ratos, e poderá ampliar sua aplicação para humanos. Nos testes realizados, os anticorpos produzidos pela Calixcoca criaram, a partir de uma molécula sintética, uma barreira que impediu que a cocaína fosse levada pelo sangue para o sistema nervoso central e o cérebro, interrompendo o mecanismo que provoca a compulsão pela droga.
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Na próxima etapa das pesquisas, viabilizadas pela Secretária Municipal de Saúde, será avaliada a aplicação do imunizante em grupos elegíveis, incluindo os dependentes químicos em fase de recuperação. A vacina, indicada ao prêmio Euro, que reconhece a inovação de profissionais latino-americanos em medicina, também poderá ajudar no tratamento da dependência em outras drogas.
Se bem-sucedida, poderá ser determinante para o tratamento efetivo de dependentes de crack e cocaína que, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), respondem por 11% da dependência química no Brasil.
“Será, entre outros avanços científicos, um movimento para recuperação psicossocial e reintegração de dependentes químicos à sociedade”, disse o secretário Luiz Carlos Zamarco.
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