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Cotidiano

Gabriel Medina desiste de competir na abertura da temporada da WSL

Surfista brasileiro ainda não informou o motivo da desistência

Gustavo Cavalcante

24/01/2022 às 16:31

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Gabriel Medina

Gabriel Medina | Divulgação/Time Brasil

O tricampeão mundial de surfe Gabriel Medina, 28, decidiu não viajar para o Havaí, onde ocorrerão as duas primeiras etapas da temporada 2022 da WSL (World Surf League) a partir de sábado (29).

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A entidade está ciente da desistência, mas o surfista ainda não se pronunciou sobre os motivos que o fizeram abrir mão do começo do campeonato. Seu nome já constava nas chaves sorteadas do evento de abertura.

Sem o atual campeão, o circuito mundial começará na tradicional onda de Pipeline. Logo na sequência, a partir de 11 de fevereiro, terá a segunda etapa em Sunset Beach. A terceira parada será em Peniche (Portugal), com início previsto para 13 de março.

Depois de cinco eventos, haverá um corte no número de participantes, e apenas 22 dos 34 competidores fixos continuarão na elite até a décima etapa, em agosto. Depois disso, os cinco mais bem classificados disputarão a final em Lower Trestles, na Califórnia, em setembro.

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Em 2021, Medina teve um desempenho fora de série na WSL e chegou ao seu terceiro título mundial. Vencedor também em 2014 e 2018, ele entrou em um restrito grupo de tricampeões e ficou atrás apenas do norte-americano Kelly Slater, que soma 11 títulos, e do australiano Mark Richards, pentacampeão.

Mas no último ano o brasileiro também esteve envolvido em tantas controvérsias que chegou a ficar em segundo plano seu excepcional desempenho no mar.
O campeonato foi o primeiro que o atleta de São Sebastião disputou longe de Charles Saldanha, o padrasto que sempre chamou de pai. O casamento com a modelo Yasmin Brunet não foi bem recebido pela família do surfista, e o então bicampeão resolveu trocar a presença constante de Charles pelos conselhos do renomado treinador australiano Andy King.

Medina foi acumulando finais e construindo uma vantagem enorme na liderança do circuito, mas suas notas elevadas perderam espaço no noticiário para sua briga com o COB (Comitê Olímpico do Brasil).
Por restrições ligadas à pandemia do novo coronavírus, ficou acertado que cada surfista só poderia levar uma pessoa aos Jogos Olímpicos de Tóquio. Gabriel bateu o pé na tentativa de que Yasmin fosse sua acompanhante, porém teve de viajar sem a mulher após uma negociação desgastante em que acabou derrotado.

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No Japão, o brasileiro conseguiu ótimas ondas e avançou às semifinais do primeiro torneio olímpico do surfe na história, mas foi derrotado pelo japonês Kanoa Igarashi. Na disputa pelo bronze, perdeu de novo. E, enquanto Italo Ferreira comemorava o ouro, Medina e, especialmente, Yasmin esbravejam por discordar das notas aplicadas pelos juízes.

Terminados os Jogos, nova controvérsia. Medina anunciou que não competiria na etapa do Taiti do Mundial porque não tinha se vacinado contra a Covid-19, o que impedia sua viagem. Criticado pela escolha de não se imunizar, o brasileiro acabou não perdendo evento porque ele não aconteceu: como outros na temporada, foi cancelado por razões ligadas à pandemia do novo coronavírus.

Posteriormente, o atleta reconheceu que errou, defendeu a vacinação nas redes sociais e disse que buscaria se imunizar.

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