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Cotidiano

Funcionários do Metrô de São Paulo não aprovam nova greve

A greve foi proposta por causa de editais de terceirizações do Metrô

Natália Brito

06/10/2023 às 09:14  atualizado em 06/10/2023 às 09:17

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Greve metrô em São Paulo

Greve metrô em São Paulo | Wagner Vilas/Agência Enquadrar/Folhapress

Funcionários do metrô de São Paulo rejeitaram uma nova greve. A possibilidade de paralisação foi votada na noite desta quinta-feira (5), mas não foi aprovada.

A greve foi proposta por causa de editais de terceirizações do Metrô, para cargos de agentes de estações, com pregão previsto para a próxima terça-feira (10), e no pátio Oratório da linha 15-prata do monotrilho, marcado para o dia 17.

Se fosse aprovada, a nova greve seria realizada uma semana depois de a categoria ter cruzado os braços. Na terça passada (5), a paralisação também reuniu trabalhadores da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e da Sabesp (Companhia de Saneamento do Estado de São Paulo).

A greve anterior, com CPTM e Sabesp, foi por causa do plano de concessão à iniciativa privada das empresas pelo governo Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Questionado sobre os editais de terceirização, o Metrô não respondeu até a publicação desta reportagem.
Nesta quinta, 49,8% dos metroviários que participaram da decisão votaram contra a nova greve. Outros 46,7% escolherem a paralisação e ouve 3,5% de abstenção.

A assembleia desta quinta, na sede do sindicato, no Tatuapé, zona leste paulistana, foi realizada por causa de um erro no resultado de votação na noite de terça passada (3), segundo a diretoria do Sindicato dos Metroviários.

No fim da votação de terça passada, ficou decidido que a greve daquele dia seria encerrada e sem continuidade na próxima semana. Mas, com o problema, o sindicato voltou a convocar a categoria.
Em discurso na assembleia, Lisboa chamou a paralisação de terça passada de poderosa. "Conseguimos colocar o debate das privatizações na boca do povo", afirmou.

A greve passada foi acusada por Tarcísio de ter motivação política, e não trabalhista.

"Se eles [sindicatos] não respeitam nem os cidadãos, nem a Justiça, vão respeitar quem?", afirmou o governador em entrevista a jornalistas. A paralisação de terça descumpriu ordem da Justiça que determinou que 80% do contingente trabalhasse durante o dia, com 100% em horários de pico.

Na noite desta quinta, Lisboa disse que o Metrô deveria abrir concurso público e não marcar pregões para terceirização.

Na terça passada, por causa da paralisação, passageiros foram forçados a mudar rotas, pegar ônibus e carros de aplicativos ou ampliar o trajeto com as linhas concedidas que continuaram em operação.

Na capital, o rodízio de veículos foi suspenso, e o trânsito ficou acima da média em todas as regiões pela manhã. Aulas acabaram suspensas nas escolas estaduais.
 

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