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Cotidiano

Festas de fim de ano podem agravar pandemia, alerta Fiocruz

'Férias deve acelerar a disseminação do vírus, que já circula com bastante velocidade e volta a ocupar os leitos hospitalares’, diz nota da fundação divulgada nesta quinta-feira

10/12/2020 às 13:48

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'Circulação de pessoas no período de festas de fim de ano e férias deve acelerar a disseminação do vírus', indica estudo da Fiocruz

'Circulação de pessoas no período de festas de fim de ano e férias deve acelerar a disseminação do vírus', indica estudo da Fiocruz | /Tarso Sarraf/Folhapress

Um estudo produzido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) indica que o aumento do número de casos e internações por Covid-19 está sendo registrado desde novembro, mas festas de fim de ano podem agravar a pandemia no Brasil. A nota técnica foi divulgada nesta quinta-feira.

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“A circulação das pessoas no período de festas de fim de ano e férias deve acelerar a disseminação do vírus, que já circula com bastante velocidade e volta a ocupar os leitos hospitalares. A movimentação das pessoas tende a aumentar a necessidade de atendimento por outros agravos de saúde como os acidentes de trânsito, por exemplo”, diz a instituição.

A nota técnica intitulada “O fim do ciclo de interiorização, a sincronização da epidemia e as dificuldades de atendimento nos hospitais” desenvolvida pela equipe de pesquisa do Monitora Covid-19, ressaltou que no fim do ano a maior movimentação de pessoas “sem cuidados devidamente adequados e sem manutenção do isolamento social”, vai agravar um quadro composto por “desmobilização de leitos extras dos hospitais de campanha; a ocupação de leitos por outros problemas de saúde que ficaram represados durante o avanço da epidemia de covid-19; a maior circulação de pessoas; as dificuldades de identificação de casos e seus contatos devido à baixa testagem; e o relaxamento dos cuidados de distanciamento social, uso de máscaras e higiene”.

Para o epidemiologista do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (ICICT/Fiocruz) e um dos autores do estudo, Diego Xavier, houve uma demanda grande nas regiões metropolitanas no início da pandemia e só depois veio a interiorização da doença, em um momento em que a incidência da Covid-19 já apresentava sinais de estabilidade nas cidades maiores.

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“Agora, a covid-19 está fortemente presente tanto nas regiões metropolitanas quanto nas cidades do interior. E a epidemia está sincronizada, não começa mais nas metrópoles para depois ir para o interior. Um novo aumento dos casos pressionará a capacidade do atendimento à saúde das regiões metropolitanas, reduzindo também seus recursos para atender a pacientes vindos do interior. Na maioria dos lugares, a assistência à saúde deverá ser incapaz de atender à demanda”, afirmou o pesquisador.

Ainda de acordo com a nota, as regiões metropolitanas do Brasil integram 117 do total de 5.570 cidades, mas a sua população total é de cerca de 70 milhões de pessoas, número equivalente a 33% da população nacional. Até o final de maio, cerca de 67% das mortes causadas pelo coronavírus foram registrados nas regiões metropolitanas.

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