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Cotidiano

Febre aftosa atinge 230 mil bovinos na Indonésia e Brasil pode ter impactos na pecuária

Doença é altamente contagiosa e seu espalhamento pela Oceania pode impactar as exportações de carne do Brasil

05/07/2022 às 10:12  atualizado em 05/07/2022 às 10:43

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Brasil poderá ter de exportar mais carne diante do risco de espalhamento da febre aftosa na Austrália

Brasil poderá ter de exportar mais carne diante do risco de espalhamento da febre aftosa na Austrália | Arquivo/Agência Brasil

O Ministério da Agricultura da Indonésia confirmou na última sexta-feira (1), a entrada da febre aftosa em Bali, com testes confirmando que 63 vacas foram infectadas em três locais ao redor da cidade. Os casos se somam aos mais de 230 mil já registrados na Indonésia.

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O grande alerta está no fato de que Bali é um dos destinos turísticos de maior movimentação no mundo e está próximo da costa Australiana, um dos maiores produtores de carne bovina do planeta e concorrente direto do mercado brasileiro. Caso a doença se espalhe nos rebanhos australianos, o Brasil poderá ter de exportar mais carne. O texto conta com informações do portal "DBO".

Cerca de 12 voos diretos entre Bali e a Austrália são realizados todos os dias e o vírus pode estar presente nos sapatos e outros objetos dos turistas. Um bloqueio foi imposto para impedir a entrega de gado fora de Bali.

“A pressão agora está realmente alta, pois a infecção estará em Seminyak e Canggu, as principais áreas turísticas em questão de dias, se já não estiver aqui”, disse ele ao Beef Central de Bali no fim de semana.

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“Os viajantes já estão acostumados a uma infinidade de intervenções irritantes do Covid, portanto, requisitos adicionais, como garantir que os sapatos estejam limpos e passar por uma esponja molhada infundida com desinfetante antes de embarcar e depois de sair do voo, parecem-me medidas simples e sensatas que podem ajudar a lidar com o novo nível de risco.”, completou.

1) O que é a febre aftosa? Quais as principais formas de transmissão?

A febre aftosa é uma doença infecciosa aguda que causa febre, seguida do aparecimento de vesículas (aftas), principalmente, na boca e nos pés de animais de casco fendido, como bovinos, búfalos, caprinos, ovinos e suínos. A doença é causada por um vírus, com sete tipos diferentes, que pode se espalhar rapidamente, caso as medidas de controle e erradicação não sejam adotadas logo após sua detecção. O vírus está presente em grande quantidade no epitélio (tecido que reveste) e fluído das vesículas. Também pode ser encontrado na saliva, no leite e nas fezes dos animais afetados. A contaminação de qualquer objeto com qualquer dessas fontes de infecção é uma fonte perigosa de transmissão da doença de um rebanho a outro. No pico da doença, o vírus está presente no sangue. Nesse estágio, os animais infectados começam a excretar o vírus poucos dias antes do aparecimento dos sinais clínicos.

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Os animais contraem o vírus por contato direto com outros animais infectados ou por alimentos e objetos contaminados. A doença é transmitida pela movimentação de animais, pessoas, veículos e outros objetos contaminados pelo vírus. Calçados, roupas e mãos das pessoas que lidaram com animais doentes também podem transmitir o vírus.

2) Quais são os prejuízos econômicos para o produtor?

O principal efeito da febre aftosa é comercial. A doença afeta enormemente o comércio interno e externo de animais e seus produtos. Devido ao alto poder de difusão do vírus e aos impactos econômicos provocados pela doença, os países estabelecem fortes barreiras à entrada de animais susceptíveis e seus produtos oriundos de regiões com ocorrência da febre aftosa. Tais barreiras têm efeitos negativos sobre a pecuária e toda a economia do país, com graves consequências sociais.

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A ocorrência da doença, além disso, tem também efeitos diretos sobre o bem- estar animal, na produção e produtividade dos rebanhos e é uma ameaça à segurança alimentar de pequenos produtores.

3) Como combater a febre aftosa?

A vacinação dos bovinos e búfalos, seguindo o calendário oficial de cada estado ou região, tem papel fundamental na erradicação e prevenção da doença. No Brasil, a vacinação contra febre aftosa é praticada em todos os estados e no Distrito Federal, com exceção de Santa Catarina, considerado, desde 2007, pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), como livre de febre aftosa sem vacinação.

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Para o combate à doença, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento conta com o Programa Nacional de Erradicação e Prevenção contra a Febre Aftosa (PNEFA) e atua em parceria com os serviços veterinários estaduais e a iniciativa privada.

Entre as estratégias do programa estão a manutenção e o fortalecimento das estruturas dos serviços veterinários oficiais e da infraestrutura para diagnóstico, normatização das ações, cadastramento do setor agropecuário, vigilância ostensiva, vacinação de animais, manutenção de programas de educação sanitária e comunicação social, organização e consolidação da participação comunitária.

Após a detecção da doença, a política de controle básica prioritária envolve o sacrifício sanitário de animais doentes e a eliminação de fontes de infecção, para conter seu possível avanço.

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4) Como está a vacinação do rebanho brasileiro?

O rebanho brasileiro é formado por 207,2 milhões de bovinos e 1,2 milhão búfalos, totalizando 208,4 milhões de animais. Em 2010, o índice de cobertura
 vacinal dos rebanhos brasileiros foi de 97,4%. Para tanto, foram aplicadas 324.223.052 doses de vacinas em bovinos e búfalos ao longo do ano.

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