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Cotidiano
Pesquisa do setor, revela que a insuficiência de produtos pode afetar principalmente as crianças
21/06/2022 às 14:08 atualizado em 21/06/2022 às 14:35
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Medicamentos | Thiago Neme/Gazeta de S. Paulo
Mais de 98% das instituições farmacêuticas em São Paulo sofrem com a falta de medicamentos. É o que revelou um levantamento do CRF-SP (Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo) que ouviu 1.152 instituições.
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A maioria dos estabelecimentos que relatam carência é do setor privado. Já 10,24% são do setor público (administração direta) e o restante se divide em organizações de parceria privada e terceirizações, e estabelecimentos filantrópicos, beneficentes, mistos e autarquias. O levantamento foi realizado com um questionário de 20 perguntas entre 19 e 30 de maio deste ano.
As entidades também apontaram os tipos de medicamentos com maior escassez, sendo que 93,49% relataram a falta de antimicrobianos (os mais citados são amoxicilina e azitromicina); 76,56%, careciam de medicamentos mucolíticos (acetilcisteína e ambroxol); 68,66%, têm pouco estoque de anti-histamínicos (dexclorfeniramina e loratadina); 60,59%, têm falta de medicamentos analgésicos (dipirona, ibuprofeno e paracetamol); e 37,15% documentaram a falta de outras classes.
“Os relatos mostraram que os medicamentos em falta são principalmente em suas formulações líquidas, o que prejudica, em especial, a população pediátrica, já que a maioria dos medicamentos para esse público é na forma líquida por serem mais fáceis de administrar”, declarou o presidente do CRF-SP, Marcelo Polacow.
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Ainda segundo o CRF, os farmacêuticos ouvidos na pesquisa apontaram como motivos da falta de medicamentos a escassez de mercado, alta demanda não prevista, falha do fornecedor e preço alto impraticável. Outros fatores elencados pelas instituições são a guerra na Ucrânia e o lockdown na China. Os eventos que ocorrem atualmente no mercado internacional são associados a problemas logísticos para a distribuição de insumos e medicamentos.
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