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Cotidiano

Falta de manutenção é motivo de 7 em cada 10 semáforos apagados em SP

De 2018 até o ano passado, a quantidade de panes que motivaram reparos emergenciais nos semáforos aumentou 154%: foi de 47 falhas por dia, em média, para 119

Natália Brito

14/02/2023 às 15:44  atualizado em 14/02/2023 às 15:55

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Semáforos apagados por quebra não só foram o tipo de falha mais comum no ano passado

Semáforos apagados por quebra não só foram o tipo de falha mais comum no ano passado | Rafael Neddermeyer Fotos Públicas

Problemas associados a quebras provocam 7 de cada 10 falhas nos semáforos da cidade de São Paulo. De 2018 até o ano passado, a quantidade de panes que motivaram reparos emergenciais nos semáforos aumentou 154%: foi de 47 falhas por dia, em média, para 119.

Os furtos de fiação e os casos de vandalismo, com frequência citados pela Prefeitura de São Paulo para explicar a explosão do problema, representaram apenas 15% dos defeitos em equipamentos no ano passado, segundo dados obtidos pela reportagem via LAI (Lei de Acesso à Informação).

A maior parte dos reparos ocorreu quando os semáforos estavam apagados (40% das falhas) ou piscando o sinal amarelo de forma intermitente (32%), problemas que podem estar associados à falta de manutenção ou idade dos equipamentos.

Semáforos apagados por quebra não só foram o tipo de falha mais comum no ano passado, como também aquele que mais cresceu em quatro anos. Houve alta de 74% (de 10.080 casos ao ano para 17.538) entre 2018 e 2022.

A alta de furtos e vandalismo também contribuiu de forma importante para a multiplicação de transtornos nos cruzamentos da capital. Houve um aumento de 257% nessas ocorrências, segundo dados da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). Falhas em que o equipamento fica no amarelo intermitente aumentaram 68%.

Desde setembro do ano passado, a manutenção e modernização da rede de semáforos está no escopo da PPP (Parceria Público-Privada) da iluminação pública da capital. O contrato aditivo, feito sem licitação, incluiu quase R$ 1,8 bilhão a mais na parceria entre a prefeitura e a empresa Ilumina SP, que ficará responsável pelos semáforos da cidade até 2039.

Em dezembro, a Folha de S.Paulo mostrou que as panes nos semáforos continuavam mesmo três meses após a prefeitura ter repassado a responsabilidade à empresa. Quando o contrato foi assinado, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) declarou que o volume de ocorrências precisaria ser zerado em até 90 dias -ou seja, até dezembro do ano passado.

Na prática, porém, não se alteraram os motivo para falhas ou quebras de semáforos na cidade. Em maio do ano passado, a cada 10 falhas, 7 eram provocadas por defeitos dos próprios equipamentos -a mesma proporção ao fim do ano passado, após a concessão.

Questionada, a CET informou que a média de semáforos com falhas caiu 40% desde que a concessionária assumiu o contrato. Hoje, segundo a gestão municipal, cerca de 1% de todos os semáforos da cidade estão em manutenção. A taxa era de 2% quando a Ilumina SP passou a administrar o serviço.

Pelas regras do contrato, a empresa responsável pela PPP tem entre duas horas e 12 horas, no máximo, para atender a reclamações e solucionar panes. A parceria prevê que a troca de semáforos por modelos mais modernos reduza o número de falhas.

Desde setembro, a empresa já fez mais de 17,2 mil atendimentos por falhas em equipamentos, segundo a CET. A companhia destacou o problema dos furtos de cabos como desafio à manutenção dos semáforos.

"O crescente número de ocorrências de vandalismo para furto de cabos tem grande impacto no funcionamento do parque semafórico da cidade. Esse tipo de ocorrência, que registra quase 20 chamados por dia, é atendido por várias equipes e às vezes consome mais de 12 horas de trabalho para a instalação de nova fiação e reposição das peças, por equipamento, danificadas na ação", disse a CET.

"A meta da empresa é transformar a sinalização da cidade em um sistema inteligente no prazo de três anos, dentro do minianel viário, de modo a garantir que eventuais falhas de manutenção ou comunicação não afetem seu pleno funcionamento", acrescentou, sobre a Ilumina SP.

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