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Cotidiano

Expectativa da vacinação faz de 2021 o ano da esperança

Depois de um ano duro, 2021 nasce com a esperança da chegada da vacina, apesar da falta de sintonia entre Doria e Bolsonaro

Bruno Hoffmann

30/12/2020 às 18:50  atualizado em 30/12/2020 às 19:16

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Vice-presidente eleita dos EUA, Kamala Harris, foi vacinada contra a Covid-19 nesta terça-feira (29), em Washington

Vice-presidente eleita dos EUA, Kamala Harris, foi vacinada contra a Covid-19 nesta terça-feira (29), em Washington | JACQUELYN MARTIN/ASSOCIATED PRESS

A pandemia do novo coronavírus começou a se alastrar no início de 2020 e causou dificuldades sem comparação para a humanidade nos últimos 100 anos. A doença tirou a vida de 1,7 milhão de pessoas no planeta e 193 mil só no Brasil. Há, porém, uma esperança que une os povos ao redor do mundo: o início da vacinação contra a doença.

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Quase 50 países já iniciaram a imunização de sua população em dezembro, como a União Europeia, Estados Unidos, Costa Rica, Qatar e México, além dos vizinhos Chile e Argentina. No Brasil, há uma data por enquanto: 25 de janeiro, quando o governador João Doria (PSDB) garantiu o início da vacinação no estado de São Paulo com a CoronaVac, a vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac com o Instituto Butantan. O tucano foi criticado, porém, por anunciar a vacinação sem divulgar os dados que mostram a eficácia e a segurança da CoronaVac e sem a autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Macaque in the trees
Gestão Doria promete vacinação em 25 de janeiro, enquanto governo federal prevê início da campanha entre 20 de janeiro e 10 de fevereiro de 2021

As autoridades paulistas garantem que a vacina tem “excelente perfil de segurança”. “Os dados corroboram o que já sabíamos, que esta é a vacina mais segura das que estão em teste”, afirmou o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas.

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Por sua vez, o Ministério da Saúde disse que deverá começar a vacinação entre 20 de janeiro e 10 de fevereiro, mas que precisa que “os fabricantes obtenham o registro junto à Anvisa”. Segundo o plano, o governo federal já garantiu 300 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 por meio de acordos. Até agora, nenhum imunizante está registrado e licenciado pela Anvisa.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido), porém, deu afirmações polêmicas sobre o tema nesta semana. A simpatizantes, afirmou que os laboratórios que teriam que procurar o Brasil.” Os laboratórios não tinham que estar interessados em vender para a gente? Por que eles não apresentam documentação na Anvisa?”, indagou Bolsonaro. “Pessoal diz que eu tenho que ir atrás [da vacina]. Quem quer vender [é que tem]”, disse.

No mesmo dia, o presidente escreveu que “tão logo um laboratório apresente seu pedido de uso emergencial, ou registro junto à Anvisa, e esta proceda a sua análise completa e o acolha, a vacina será ofertada a todos e de forma gratuita e não obrigatória”.

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Além da vacinação contra a Covid-19, o País terá de enfrentar outros desafios durante 2021. Leia abaixo o que espera os brasileiros, em especial os paulistas, em um ano-novo de esperança, mas que também deve ter muitas dificuldades.

SAÚDE. João Doria anunciou o início da aplicação da CoronaVac em 25 de janeiro, com prioridade a idosos, profissionais de saúde, quilombolas e indígenas. Ele não disse, contudo, quando toda a população deve estar imunizada, e a expectativa é que demore vários meses para os mais jovens serem incluídos no plano estadual. Segundo o governo, pessoas que vivem em outros estados poderão ser vacinadas em SP. Em novembro, a Secretaria da Saúde suspendeu o agendamento de novas cirurgias eletivas em hospitais paulistas. A expectativa para o ano que vem é que as cirurgias voltem a ser marcadas após a diminuição de casos da Covid-19.

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Vacina coronavirus

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EDUCAÇÃO. Neste ano, os estudantes precisaram se adaptar às aulas a distância. A novidade foi especialmente difícil para crianças e adolescentes de famílias pobres, com dificuldade maior em adquirir computadores e conexões satisfatórias. Para 2021, o Governo de SP anunciou que manterá o retorno gradual às aulas presenciais para o ano letivo em todas as fases do Plano São Paulo a partir de 4 de fevereiro, com rodízio de alunos. O prefeito Bruno Covas (PSDB) ainda prometeu comprar 500 mil tablets para colégios de bairros de periferia. A proposta foi barrada pelo Tribunal de Contas do Município (TCM), e aguarda decisão final.

ECONOMIA. O pagamento do Auxílio Emergencial acabou nesta semana, e não se sabe se vai continuar. Ao todo, 68 milhões de brasileiros foram socorridos desde abril com a renda, e o seu fim preocupa boa parte da população. Além disso, a expectativa é que a recuperação doméstica brasileira seja menos vigorosa do que em outros países, segundo a consultoria britânica CEBR, e o País deverá terminar o próximo ano como a 13ª maior potência econômica mundial, perdendo uma posição para a Austrália. Mas nem tudo é notícia ruim. Projeção da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que o Produto Interno Bruto (PIB) nacional registrará expansão de 4% em 2021.

CULTURA. Este foi um ano especialmente duro para os trabalhadores da indústria cultural, com museus, cinemas, teatros e casas de espetáculos fechados por causa da pandemia. Em 2021, a expectativa é haver um açto número de atrações, para compensar o ano difícil. As lives, pelo menos, souberam manter aquecidos os corações isolados e as carreiras de artistas célebres e desconhecidos. Esse modelo veio para ficar. O Carnaval, por sua vez, deve ficar para julho. Para este novo ano, Bolsonaro pretende estender o pagamento de uma renda a trabalhadores do setor cultural por meio da Lei Aldir Blanc.

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POLÍTICA. Na política, o ano-novo deve se iniciar como acabou no estado de São Paulo: polarizado entre Jair Bolsonaro e João Doria. Com isso, os embates relacionados à vacinação devem se aprofundar em janeiro, caso eles não passem a falar a mesma língua em relação à imunização. Na capital paulista, o prefeito Bruno Covas (PSDB) iniciará o ano com desgaste, ao autorizar o aumento do próprio salário em mais de R$ 11 mil. Na Câmara Municipal de São Paulo, há expectativa de crescimento da polarização após o aumento da bancada do PSOL de um lado e de políticos ligados a bandeiras liberais do outro.

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