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Cotidiano

Ex-chefe da Educação de Bolsonaro é nomeado para assessor de Alckmin

Ex-chefe de gabinete de Milton Ribeiro, Djaci Vieira foi nomeado para o cargo de assessor especial de Geraldo Alckmin (PSB) no Desenvolvimento

Leonardo Sandre

03/02/2023 às 11:59  atualizado em 03/02/2023 às 12:41

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Ex-chefe de gabinete do Ministério da Educação no governo Jair Bolsonaro (PL), o servidor público Djaci Vieira de Sousa

Ex-chefe de gabinete do Ministério da Educação no governo Jair Bolsonaro (PL), o servidor público Djaci Vieira de Sousa | Reprodução

Ex-chefe de gabinete do Ministério da Educação no governo Jair Bolsonaro (PL), o servidor público Djaci Vieira de Sousa foi nomeado na sexta-feira (27) para o cargo de assessor especial de Geraldo Alckmin (PSB) no Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

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Djaci ocupou a mesma função no MEC de maio de 2019 a 2 de janeiro de 2023. Ele atuou na cúpula das gestões de Abraham Weintraub, Milton Ribeiro e Victor Godoy Vieira.

A nomeação de Djaci como auxiliar de Alckmin foi publicada em Diário Oficial da União.

Em nota, a assessoria da pasta comandada pelo vice-presidente afirmou que o servidor foi escolhido por apresentar "perfil técnico e vasta bagagem profissional". "Acumulada ao longo de quase 30 anos de sua atuação como servidor público."

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Formado em direito, ele é servidor concursado do governo federal desde 1995. Ocupou cargos de confiança no Planejamento durante as gestões petistas.

No MEC sob Bolsonaro, foi chefe de gabinete, cargo que acompanha de perto a agenda dos ministros. Ele chegou a substituir o ministro da Educação.

Djaci foi ouvido pela CGU (Controladoria-Geral da União) em 2022 sobre denúncias de irregularidades no MEC envolvendo a atuação dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura.

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O caso levou à queda de Milton Ribeiro depois de a Folha  de S.Paulo revelar áudio em que o então ministro afirmava priorizar, a pedido de Bolsonaro, pedidos de liberação de verba a prefeituras que fossem mediados pelos pastores.

Djaci disse à CGU que havia sido informado por Milton sobre a venda de um automóvel entre familiares do então ministro e o pastor Arilton.

O servidor também atuou na gestão Weintraub. O ministro foi demitido por Bolsonaro em junho de 2020 em decorrência de longo desgaste político com os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal).

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Em reunião ministerial em abril de 2020, por exemplo, Weintraub afirmou que, se dependesse dele, colocaria "esses vagabundos todos na cadeia, começando no STF".

A passagem de Weintraub pelo MEC foi marcada por polêmicas e projetos parados, com derrotas do governo no Congresso, ausência de diálogo com redes de ensino e falta de liderança nos rumos das políticas da área.

Ele chegou ao ministério por indicação da ala ideológica do governo e, frequentemente, disparava insultos contra os mais variados alvos: do educador Paulo Freire (1921-1997) à China.

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Em nota, o ministério comandado por Alckmin disse que o servidor vai realizar análises técnico-administrativas.

"Nesta gestão, reassume sua ocupação anterior, agora no Ministério do Desenvolvimento da Indústria, Comércio e Serviços, para, mais uma vez, realizar análises técnico-administrativas nos processos submetidos à avaliação   decisão final do ministro e vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, em subsídio das decisões e propostas que tramitarão no interesse do atual mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da sociedade brasileira."

A pasta afirmou também que essa não é a primeira vez que Djaci irá atuar "em cargos de relevância" no governo Lula.

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"Devido a sua ampla experiência, conduta exemplar e profissionalismo, ele foi convidado a participar ativamente de trabalhos e realizações nas gestões e mandatos dos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff e Michel Temer."

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