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Cotidiano
CUMPRIU A PROMESSA. Itamaraty comemorou a concordância norte-americana: 'Uma prioridade do presidente Jair Bolsonaro'
24/05/2019 às 01:00
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Trump cumpriu a palavra dada a Bolsonaro durante encontro de apoiar a candidatura brasileira | /EVAN VUCCI/ASSOCIATED PRESS
O governo dos Estados Unidos cumpriu nesta quinta-feira a promessa feita pelo presidente Donald Trump, ao seu par brasileiro, Jair Bolsonaro, de apoiar a candidatura do Brasil à OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico).
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O anúncio oficial foi feito em Paris, a portas fechadas, durante a reunião ministerial da entidade, um think tank de melhores práticas econômicas que reúne a maior parte dos países desenvolvidos.
A promessa de Trump a Bolsonaro havia sido feita quando da visita do brasileiro a Washington, em março. Na oportunidade, Bolsonaro prometeu em troca que o Brasil abriria mão do tratamento especial e diferenciado na Organização Mundial do Comércio (OMC), ao qual tinha direito por ser um país em desenvolvimento.
Via Twitter, o Itamaraty comemorou a concordância americana: "Hoje na OCDE os EUA expressaram de modo claro e oficial seu apoio ao pleito do Brasil de ingressar na OCDE, uma prioridade do presidente Jair Bolsonaro".
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O apoio desta quinta superou as expectativas da comitiva brasileira, que não esperava uma manifestação formal da delegação americana. Isso não quer dizer, contudo, que o caminho esteja aberto ao Brasil, já que por ora não há uma data prevista nem mesmo para o início do processo de adesão, que se estenderia pelos próximos anos - entre dois e cinco, usualmente.
Até aqui, os Estados Unidos bloqueavam a aspiração brasileira de se tornar membro permanente, mas manifestavam apoio à candidatura da Argentina. Agora, segundo um membro da comitiva, há consenso entre os membros da entidade de que Brasil, Argentina e Romênia devem iniciar seus processos de adesão.
O empecilho é agora é imposto pelos países da Europa, que desejam que um outro membro europeu, no caso a Bulgária, seja incluído na próxima leva de adesões. A priori o governo americano não deseja a ampliação "excessiva" da OCDE.
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Questionado pela "Folha", o secretário-geral da OCDE, Angel Gurría, confirmou que o caminho do Brasil está mais livre. "A questão não é se apoiam ou não. Creio que já superamos essa etapa. A questão é: como vamos traduzir esse desejo político em instruções específicas para avançar", explicou. "O que aconteceu agora é que houve novos eventos, novas informações. E dados esses eventos e informações, nós vamos começar a discutir de novo e tentar movimentar a agenda".
Segundo Gurría, agora será possível avançar mais rápido em todas as adesões, mas o Brasil pode ser beneficiado em termos de tempo de processo por já ter aderido a 73 de um total de 248 "instrumentos" - decisões, recomendações, declarações, acordos internacionais e entendimentos- que a OCDE preconiza aos seus países-membros. (FP)
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