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Cotidiano

Estátua vandalizada em frente ao STF é lavada com água e detergente

Vândalos subiram na obra e escreveram a frase 'perdeu, mané'; pigmento do batom penetrou no granito, o que dificultou a limpeza

Bruno Hoffmann

25/01/2023 às 13:21  atualizado em 25/01/2023 às 13:30

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Lavagem da Estátua da Justiça após atos de vandalismo ao prédio do STF

Lavagem da Estátua da Justiça após atos de vandalismo ao prédio do STF | Rosinei Coutinho/SCO/STF

A escultura "A Justiça", em frente ao STF (Supremo Tribunal Federal), foi pichada com batom, segundo o tribunal. Ela foi lavada com água e detergente neutro nesta quarta-feira (25) para "uma última limpeza".

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Durante a invasão e destruição das sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro, vândalos subiram na obra e escreveram a frase "Perdeu, mané". O pigmento do batom penetrou no granito, o que dificultou o trabalho de limpeza.

Restauradores do STF fizeram uma série de testes para descobrir qual material poderia ser usado para limpar a mancha sem danificar a obra. Nesta terça (24), a corte informou que a frase tinha sido removida com a ajuda de solventes biológicos.

"[Usaram] batom em pasta normal. O pigmento penetrou no granito. Após vários testes para não danificar a obra, usamos solventes biológicos. A finalização da limpeza será feita com detergente neutro e jato d'água", afirmou o STF em nota.

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Esculpida em granito, "A Justiça" é uma das principais obras do mineiro Alfredo Ceschiatti. Avaliada entre R$ 2 milhões e R$ 3 milhões, a estátua tem cerca de três metros de altura e um metro e meio de largura.

Fotos registradas pela Folha em 8 de janeiro mostram a possível pichadora. A reportagem identificou uma moradora do interior de São Paulo que seria a mulher das fotos e falou com ela por telefone.

Ela demonstrou surpresa quando foi questionada na sexta (20) sobre a vandalização da estátua, e disse: "Eu vandalizei estátua?". A partir desse momento, ficou em silêncio e deixou de responder a perguntas.

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Em uma das imagens, a mulher está em cima da escultura com uma das mãos tocando a frase pichada: "Perdeu, mané". Em seguida, ainda em cima da obra, ela exibe as mãos sujas com o pigmento e sorri.

Depois, ela senta na estátua e pega o celular das mãos de um homem, que está em pé. Na sequência, a mulher desce da escultura e abraça o homem, que também está sorrindo.

No momento em que a mulher está em cima da estátua, o homem aparece nas imagens de pé com o celular apontado para a cena. É possível ver ainda que há dois traços de tinta no rosto da mulher.

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A frase pichada na escultura é uma referência à resposta do ministro Luís Roberto Barroso (STF) ao assédio feito por um apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). "Perdeu, mané. Não amola!", disse o ministro ao homem que o abordou na rua, em Nova York (EUA), em novembro.

A escultura de 1961 retrata a deusa da Justiça na mitologia grega. A deusa está sentada, de olhos vendados, com uma espada no colo. Diferentemente de outras representações, "A Justiça" de Ceschiatti não carrega uma balança.

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