Estapar explica função de carros que monitoram a zona azul na Capital

Um novo veículo de monitoramento das vagas de zona azul começou a circular pelas ruas da cidade de São Paulo neste mês, chamando a atenção e causando dúvidas (e reclamações) de motoristas e pedestres sobre a sua finalidade. O serviço é operado pela Estapar, empresa que passou a operar o serviço de zona azul na Capital em novembro, após vencer licitação da Prefeitura de São Paulo.

A Gazeta entrou em contato com a empresa para questionar sobre a finalidade do carro dotado de várias câmeras viradas para todas as direções. Esses veículos são testados há pelo menos dois anos pela gestão Bruno Covas (PSDB). No fim de 2018, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) fez testes com um carro que, em movimento e munido de seis câmeras, podia aplicar multas a motoristas de automóveis parados na zona azul sem cartão de estacionamento. Àquela época eram apenas testes e não houve cobrança de multas.

• Atualização: Veja a resposta de outras dúvidas sobre o carro da Estapar, como a possibilidade da tecnologia causar multa para motoristas que estacionaram mas ainda não tiveram tempo para acionar a zona azul ou para quem apenas está realizando o embarque ou desembarque de passageiros.

Segundo a Estapar, os carros equipados com câmeras e GPS para leitura de placas que estão circulando pelas ruas de São Paulo vão supervisionar apenas o uso das vagas da Nova Zona Azul da cidade, sem vistoriar qualquer outra possível irregularidade dos veículos. Eles farão o controle do tempo de permanência e ativação do Cartão Azul Digital (CAD), podendo aplicar multas aos proprietários dos veículos que estiverem parados nas vagas sem ativar o CAD. A Estapar não informou quantos carros estão em operação em São Paulo.

“Dados dos veículos que não cumprirem as regras de uso da zona azul serão transmitidos para uma Central de Informações do poder público para que os órgãos competentes possam aplicar eventuais infrações. As câmeras farão registros de dados estatísticos e imagens dos carros e placas com geolocalização assegurando total transparência e exatidão das informações coletadas, o que aumentará o nível de credibilidade do sistema, sempre respeitando a Lei Geral de Proteção de Dados vigente”, informou a Estapar.

Ainda segundo a empresa, esse sistema vai contribuir para a gestão do uso do espaço público, “para que haja a rotatividade das vagas e mais pessoas tenham acesso a um local para estacionar, melhorando a mobilidade urbana na cidade”. A fiscalização é realizada também pelos agentes de trânsito por meio da consulta da placa do veículo.

Estacionar em vagas de zona azul de forma irregular é uma infração grave, com multa de R$ 195,23 e mais cinco pontos no prontuário.