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Cotidiano
A partir desta segunda-feira, a estação passa a se chamar Paulista Pernambucanas
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O interesse da varejista no local tem motivo: a estação de metrô está localizada ao lado de sua sede, na rua Consolação | Divulgação/ViaQuatro
A partir desta segunda-feira (10), a estação Paulista, da linha 4-amarela do metrô de São Paulo, terá mais um nome, sendo agora Paulista Pernambucanas.
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A mudança resulta de venda dos direitos de nomeação, chamados naming rights, firmada entre a varejista Pernambucanas e a concessionária ViaQuatro, responsável pela administração da linha.
O interesse da varejista no local tem motivo: a estação de metrô está localizada ao lado de sua sede, na rua Consolação. A empresa está no endereço há mais de 50 anos. Além da parte administrativa, há uma loja no térreo do prédio.
Acertada por cinco anos, a parceria deve resultar em uma nova identidade visual, com forte presença da logomarca em azul e amarelo por toda a estação. Também é prevista a inserção da marca nos avisos sonoros dos trens e letreiro interno ao anunciar o nome da estação.
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Procuradas, Pernambucanas e ViaQuatro não divulgaram o valor do contrato. Segundo legislação, as empresas devem pagar uma mensalidade pelo uso dos espaços.
A estação Paulista é a primeira administrada pela iniciativa privada a receber um segundo nome patrocinado. Entretanto, há outras estações do metrô paulista, todas ainda administradas pelo estado, na mesma situação.
Na linha 1-azul está localizada a estação Saúde Ultrafarma, enquanto na linha 3-vermelha estão as estações Penha Lojas Besni e Carrão Assaí Atacadista.
O governo do estado de São Paulo obteve aval para vender os naming rights das estações de metrô em fevereiro de 2021. Um mês depois, foi lançado edital para empresas patrocinarem o nome de seis estações da capital paulista: na linha 2-verde, Consolação e Brigadeiro; na 3-vermelha, Anhangabaú, Carrão e Penha; e na 1-azul, Saúde.
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A meta era levantar R$ 1 bilhão ainda naquele ano para amortizar o impacto da redução drástica de passageiros durante a pandemia, tendo causado prejuízo de 1,7 bilhão ao Metrô só em 2020. Não deu. À época, a busca pelas nomenclaturas foi baixas.
Em meio às primeiras concessões, Rafael Calabria, coordenador de mobilidade urbana do Idec (Instituto de Defesa do Consumidor), afirmou em entrevista à Folha de S.Paulo que a iniciativa poderia confundir passageiros.
Ele declarou que a nomenclatura das estações segue critérios geográficos, históricos e urbanos.
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"O nome da estação vira uma referência para as pessoas. Por exemplo, a estação Clínicas fica entre os bairros dos Jardins e Pinheiros. Mas quem mora lá diz que mora perto do metrô Clínicas, essa é uma referência coesa."
"Buscar outras fontes de receita além da tarifa é central, mas não pode ser qualquer solução, é preciso avaliar se é razoável. Pode ser rentável, mas vender os nomes prejudica o direito à informação clara do passageiro", completou.
Já o Governo de São Paulo afirmou que, no fim, o maior beneficiado seria o passageiro, que não teria aumento da tarifa.
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