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Cotidiano
EDUCAÇÃO. Mudança é uma das medidas para alcançar a meta de, em 2021, colocar a rede paulista como a primeira do País
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'Vamos ter uma educação de melhor qualidade, uma educação sem ideologia', afirmou João Doria | / Roberto Casimiro/Fotoarena/Folhapress
O governador João Doria (PSDB) anunciou nesta segunda-feira que, a partir de 2020, as aulas das escolas da rede estadual de São Paulo terão 45 minutos e não mais 50, como é hoje. A redução do tempo ocorre para ampliar de seis para sete o número de aulas diárias para os alunos dos anos finais do ensino fundamental (do 6º ao 9º ano) e ensino médio. O aumento de aulas é para acomodar na grade novas disciplinas para desenvolver competências socioemocionais e tecnológicas.
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O modelo vai exigir um aumento da carga horária de 15 minutos por dia para 3 milhões de alunos de 3,8 mil escolas. Quando estiver em vigor, os estudantes do período matutino passam a sair da escola às 12h35 - não mais às 12h20. No período vespertino, a saída passará a ser às 18h35 - atualmente é às 18h20.
A mudança é uma das medidas pensadas para alcançar a meta de, em 2021, colocar a rede estadual paulista como a primeira do País na avaliação do Ideb. "São Paulo vai recuperar sua posição no Ideb. Vamos ter uma educação de melhor qualidade, uma educação sem ideologia, sem partidarização. Queremos transformar nossos alunos em líderes", disse Doria.
No novo projeto pedagógico os estudantes terão três novos componentes curriculares por semana além das disciplinas regulares (como Matemática, História, etc). Serão duas aulas por semana de uma atividade chamada Projeto de Vida, mais duas aulas do componente Eletivas e uma de Tecnologia.
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Sobre a redução de 10% do tempo de aulas das disciplinas regulares, a gestão Doria diz que vai dar formação aos professores e adotar ferramentas, como o diário escolar digital, para que aproveitem melhor o tempo em sala de aula. "Pesquisas mostram que o professor só consegue usar, em média, 22 dos 50 minutos das aula para de fato dar o conteúdo. A ideia é ajudar esse docente a usar melhor o seu tempo", disse Rossieli Soares, secretário de Educação.
As opções de eletivas serão levantadas a partir das necessidades e anseios dos estudantes e possibilidades dos professores. O novo modelo não prevê a contratação de mais professores, apenas a formação para quem estiver interessado em dar aula das novas disciplinas. A formação não será remunerada.
As mudanças são apoiadas pelo Instituto Ayrton Senna, que desde 2012 desenvolve o Projeto de Vida, em algumas escolas. O trabalho, segundo Viviane Senna, auxilia os alunos a desenvolverem a gestão do próprio tempo, a organização pessoal, compromisso com a comunidade e perspectivas para o futuro. "Haverá redução de duração das aulas das disciplinas convencionais, mas vamos alavancar a o aproveitamento dessas aulas porque os alunos terão desenvolvido competências socioemocionais". (EC)
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