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Cotidiano
Programa cívico-militar do governo de São Paulo incluirá aulas sobre estrutura política e valores cidadãos ministradas por policiais militares a partir de 2025
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Escolas que terão prioridade para implementar o modelo cívico-militar são aquelas com os piores resultados no Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo | Escola Lima Neto/Facebook
O programa de escolas cívico-militares do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) passará por mudanças a partir de 2025. Policiais militares irão ensinar os alunos sobre os Três Poderes e a diferença entre os papéis do presidente, dos deputados e dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Este conteúdo fará parte da atividade extracurricular “Projeto Valores”, ministrada semanalmente nas escolas que aderirem ao modelo.
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Além de aprender sobre a estrutura dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, os alunos também terão aulas sobre ética, civismo, valores cidadãos, habilidades para a cidadania, e direitos e deveres do cidadão. As atividades serão oferecidas no contraturno escolar, com duração de duas horas por semana.
Segundo o governo, os policiais militares terão as seguintes funções nas escolas:
Os PMs também poderão participar do programa Conviva, que media conflitos escolares, atuando em conjunto com professores da rede estadual.
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As escolas que terão prioridade para implementar o modelo cívico-militar são aquelas com os piores resultados no Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo (Idesp) e localizadas em áreas de alta vulnerabilidade social, de acordo com o Índice Paulista de Vulnerabilidade Social (IPVS). Escolas em bairros periféricos de São Paulo, como Parelheiros e Grajaú na zona sul, e São Miguel Paulista na zona leste, estão entre as prioritárias.
Outros critérios incluem escolas com maior número de alunos, que oferecem mais de uma modalidade de ensino (fundamental e médio) e possuem espaço físico adequado para as atividades extracurriculares.
A adesão ao modelo cívico-militar seguirá três etapas:
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Os diretores têm até o dia 28 de junho de cada ano letivo anterior para manifestar interesse. Após a seleção, o governo publicará as datas da consulta pública no Diário Oficial, que poderá ser realizada online ou presencialmente.
O principal objetivo do programa é melhorar a qualidade do ensino. Contudo, especialistas apontam que não há estudos conclusivos comprovando que o modelo cívico-militar seja mais eficaz do que outros. A Secretaria da Educação planeja monitorar a eficácia do programa através dos resultados de avaliações estaduais e nacionais (Saresp e Saeb), frequência escolar e registros de ocorrências pelo Conviva.
*Texto sob revisão de Lara Madeira
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